O mercado seguiu firme, intensificaram-se discussões em torno do valor praticado (insuficiente para cobrir o custo atual, que prossegue aumentando), as ofertas provenientes de integrações (e que concorrem com o produto criado especificamente para venda no mercado independente) se tornaram mais restritas.

Ainda assim, pelo quinquagésimo dia consecutivo, a cotação do produto permaneceu inalterada em R$1,80/kg, tendo como única diferença o fato de que esse valor deixou de ser apenas uma referência e agora corresponde ao preço mínimo.

Já Minas Gerais não perdeu tempo: após conseguir reajuste de dez centavos na segunda-feira, obteve ontem mais cinco centavos e, com isso, o frango vivo mineiro passou a ser comercializado por R$2,05/kg, com valorização próxima de 8% no mês.

A despeito dos ganhos recentes, nunca é demais repetir que a desvalorização do produto neste ano continua enorme (valor atual é um terço menor que o alcançado no início de 2013), enquanto a valorização anual, de apenas 2,5%, permanece visivelmente aquém da inflação acumulada nos últimos 12 meses.

Como, com o reajuste de ontem, aumentou ainda mais a diferença de preço entre os mercados mineiro e paulista, os produtores de São Paulo devem intensificar seus esforços para obter, também, alguma valorização do produto. Assim, senão hoje o mais tardar amanhã, o produtor paulista deve obter algo que não vê há quase 200 dias: uma alta no preço do frango vivo.