Publicado em: 03/07/2014 às 11:00hs
Assim, embora a pressão exercida pelos custos tivesse amainado em relação aos mesmos seis meses de 2012, a cotação média alcançada pelo produto ficou cerca de 4,5% acima da média registrada um ano antes.
Não há como negar, porém, que o ganho obtido foi extremamente ocasional, pois influenciado pelo frio extremo (e inesperado) do terceiro trimestre do ano, período em que houve reconhecida queda de produtividade no plantel em criação, inclusive nas reprodutoras.
Se as fortíssimas ondas de frio então registradas não tivessem ocorrido, como teria se comportado o mercado? Provavelmente com a mesma estabilidade observada no bimestre final do ano e que, por sinal, havia se manifestado bem antes, já no mês de agosto.
Para melhor entender, basta observar o gráfico abaixo. Ele mostra que nos primeiros 45 dias do semestre o frango vivo teve valorização expressiva, próxima de 20%. Poderia ser o limite, mas, após um período de estabilidade (cerca de 15 dias), começou novo e forte processo de valorização. Que garantiu ao frango vivo valorização superior a 40% no curto espaço de 60 dias (ganho de mais de meio por cento ao dia).
Fica a pergunta: isso teria ocorrido se não houvesse quebra da produção? Quase com certeza, não. E uma vez que, para 2014, a meteorologia vem prometendo um inverno ameno, é pouco provável que perdas similares às anteriores voltem a ocorrer – mesmo porque, agora, o setor está mais preparado para enfrentar eventos climáticos do gênero.
Para apenas repetir o segundo semestre de 2013, o frango vivo precisa alcançar, no período, valor médio de R$2,55/kg. Como iniciamos julho a R$2,20/kg, já estamos atrasados.
Fonte: Avisite
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