De imediato, porém, é forçoso ressalvar que o resultado melhor de um ano atrás foi apenas aparente. Pois se o frango abatido atingiu, na ocasião, seu melhor preço de todos os tempos, foi porque a oferta do período, premida pelos altos custos de produção, sofreu forte recuo. Além disso, o melhor preço não significou melhor remuneração para o setor: os altos custos absorveram tudo.

Já em comparação ao ocorrido dois anos atrás não há o que contestar. O retrocesso começou antes do Natal de 2011 e teve desdobramentos mais sérios no decorrer de 2012. Em 15 de janeiro, por exemplo, já enfrentava redução de mais de 15% em 30 dias.

O desempenho atual é bem diferente. Pois ainda que hajam recuos (o que não surpreende ninguém, por ser típico de todo início de ano), a queda enfrentada em 30 dias não chega a 6%.

É verdade que, há um ano, em vez de redução, o frango vivo obtinha valorização, chegando a alcançar preço 2% superior ao da antevéspera do Natal. Mas, como foi dito, as condições de produção eram diferentes, o setor vivia na corda bamba. E mesmo o ganho aparente foi efêmero, pois, na sequência, os preços do produto chegariam a apresentar recuos próximos de 40%.

Conclusão: neste início de 2014 o frango abatido registra o melhor desempenho do último triênio. Com a vantagem de, novamente, vir remunerando o setor produtivo.

E embora no momento os preços pagos ao setor venham sofrendo sucessivos recuos, a perspectiva é de reversão no curto prazo. Pois, preparando-se para as inevitáveis paralisações que ocorrerão durante a Copa, neste ano a roda da economia começa a girar mais cedo. Em diversos casos, já em janeiro.