Publicado em: 02/05/2012 às 11:50hs
Sabia-se, de antemão, que as semanas iniciais ou mesmo os dois primeiros meses seriam difíceis, pois esse é, normalmente, o período de menor consumo do ano. Mas o que não se imaginava, quando o ano começou, era que a produção, supostamente adequada para o momento recessivo, caminhava em sentido contrário, aumentando em relação ao final do ano anterior, em vez de reduzir-se. Muito menos se cogitava, àquela altura, que o mercado pudesse estar repleto de estoques formados a partir de produtos não consumidos no período de Festas.
O fato é que esses estoques represaram a absorção da produção subsequente que, além de ser crescente, chegou ao mercado no período de consumo mais recessivo do ano (primeiro trimestre). Em consequência, os efeitos “transbordaram” também para o mês de abril, impossibilitando que o setor obtivesse, até agora, preços efetivamente remuneradores. Isto, ainda que a oferta esteja em redução – perspectiva ainda não confirmada, pois os números mais recentes de produção permanecem escondidos.
De toda forma, são cada dia mais claros os indícios de que a produção vem se adequando a esse “novo mercado”, da mesma forma que começam a ficar bem visíveis os sinais de melhora do mercado do frango no mercado externo, havendo, pois, perspectivas de reversão da fraca situação experimentada pelo setor até aqui.
Porém, ocorrendo a esperada melhora, que seja encarada com extrema cautela, dentro das perspectivas impostas pela conjuntura econômica mundial. A avidez por recuperar o que foi perdido no primeiro terço do ano pode por a perder os 244 dias que faltam para completar 2012.
Fonte: Avisite
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