Ontem, as negociações foram efetuadas com nova redução de cinco centavos, o que rebaixou o preço do frango vivo mineiro para R$2,40/kg, reaproximando o produto do valor mínimo registrado em 2014 – R$2,30/kg entre os dias 7 e 14 de fevereiro.

Em São Paulo o cenário é absolutamente diferente – aliás, como se previa: as negociações seguem em ambiente firme, a oferta permanece ajustada e, ontem, a demanda (em se tratando de uma segunda-feira) chegou a surpreender, pois superou o que era esperado para um início de semana. Sinal de que o consumo continua ativo.

Essa característica, aliás, é confirmada pela evolução de preços do frango abatido no grande atacado da cidade de São Paulo. No mês passado, por exemplo, a cotação do produto resfriado teve ajuste que não chegou a 3,2% no primeiro decêndio do mês. Já em março corrente o ganho foi de 10,74%, índice que se torna ainda mais significativo na medida em que as baixas típicas da segunda quinzena não foram observadas no último fevereiro.Ou seja: desde o primeiro dia de negócios daquele mês o frango abatido tem-se valorizado continuamente, acumulando nesse período (pouco mais de cinco semanas) ganho próximo de 18%.

O frango vivo não conseguiu acompanhar essa valorização. Pois a queda de preço iniciada no último decêndio de janeiro teve continuidade em fevereiro. Só cessou ao chegar a R$2,25/kg, valor 10% inferior ao da abertura do exercício (R$2,50/kg). Porém, após permanecer perto de duas semanas no patamar mínimo, o frango vivo paulista passou – a partir de meados de fevereiro - a recuperar-se até retornar ao preço inicial de 2014, valor no qual permanece nos últimos 14 dias.

Considerando que em praticamente a metade dos primeiros 69 dias de 2014 o frango vivo comercializado no interior paulista operou na faixa de R$2,50/kg, pode-se concluir que esse é o valor de referência para o atual momento econômico. Assim, tende, no mínimo, a manter-se, nada impedindo que eventuais circunstâncias de mercado venham a proporcionar alguma alta ao produto.