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Emirados Árabes Unidos podem limitar preço de alimentos, inclusive do frango importado

Os Emirados Árabes Unidos estudam controlar os preços de alguns alimentos diante da pressão global de produtos agrícolas


Publicado em: 19/02/2021 às 18:40hs

Emirados Árabes Unidos podem limitar preço de alimentos, inclusive do frango importado

O país do Golfo Pérsico poderia limitar os preços da carne de frango e do leite, disse Mariam Almheiri, ministra de estado para Segurança Alimentar e Hídrica.

Os preços globais dos alimentos subiram para o nível mais alto em seis anos no mês passado, de acordo com um índice das Nações Unidas. A alta foi puxada por culturas como milho e soja, que são amplamente usados para rações em fazendas.

Isso aumenta a preocupação com a inflação de alimentos em países já sob pressão após o abalo das cadeias de suprimento causado pela pandemia de coronavírus.

“Estamos estudando isso com muito cuidado e podemos precisar de alguns ajustes”, disse Almheiri em entrevista, acrescentando que os controles poderiam ser aplicados tanto para produtos locais quanto importados.

A possível medida mostra que mesmo países ricos não estão imunes à inflação. Os Emirados Árabes Unidos, dominados pelo deserto e que importam 90% de seus alimentos, permitem que o Ministério da Economia controle os preços, embora tal medida seja rara.

Almheiri, que assumiu o ministério em 2017, trabalha para melhorar a segurança alimentar dos Emirados Árabes Unidos por meio de tecnologia, inovação e diversificação das fontes de importação. O país – uma federação de sete emirados, incluindo Dubai e Abu Dhabi – tem incentivado a produção local de alimentos e investido em agricultura com ambiente controlado, como estufas, aquicultura e agricultura vertical, disse a ministra.

“Estamos sendo inundados com muitos pedidos para começar a cultivar alimentos no deserto”, disse Almheiri. “Agora cultivamos mirtilos nos Emirados Árabes Unidos, quinoa, salmão.”

O país, que já é um centro de logística bem estabelecido para o comércio do Oriente Médio e global, pretende se tornar um grande centro de alimentos e tecnologia agrícola, disse a ministra. O governo é “muito aberto” para carnes cultivadas em laboratório ou à base de células e avalia quais regulamentações são necessárias para permitir a venda de tais produtos. Ela também quer reduzir a perda e o desperdício de alimentos em 15% até o fim do ano e pela metade até 2030, disse.

Fonte: Money Times

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