Agora, em 30 dias, o frango vivo de Minas Gerais acumula variação de pouco mais de 1,5%, enquanto a evolução acumulada apenas neste ano supera os 36%. Isto deixa a impressão – falsa – de que os ganhos do produtor vêm sendo excepcionais. Notar, no entanto, que o acumulado nos últimos 12 meses não vai nada além de 12%, permanecendo, portanto, muito próximo da inflação oficial acumulada nos últimos 12 meses e que, pelo IPCA do IBGE, ficou em 11,89% em junho. Quer dizer: o ganho deste ano é reflexo, apenas, da recuperação de preços perdidos no segundo semestre do ano passado.

É pouco, sem dúvida. Mas ainda assim, uma situação melhor que a enfrentada pelo produtor de São Paulo, onde o mercado de aves vivas permanece concentrado na produção previamente programada, oferecendo espaço mínimo para o produto de criações independentes. Daí uma estabilidade já próxima de dois meses e, por decorrência, variação mensal igual a zero e chegando no ano a 20%.

Pior, porém, é a variação registrada nos últimos 12 meses: correção de apenas 5,26%, ou seja, menos da metade da inflação acumulada nos 12 meses encerrados em junho.