Publicado em: 19/03/2014 às 19:50hs
O simples fato de as exportações de carne de frango do primeiro bimestre de 2014 terem aumentado apenas 1,33% - por isso continuando abaixo do que foi embarcado no mesmo bimestre de 2011 e 2012 – cria um certo desalento em relação à evolução das vendas externas do produto: será que vamos repetir o resultado do último triênio, período em que o volume exportado ficou em torno dos 3,9 milhões de toneladas, com variações mínimas abaixo e acima dessa média?
A resposta pode ser “não” - se considerado o comportamento médio bimestral dessas exportações no decorrer dos últimos nove anos. Melhor ainda: se esse comportamento se mantiver nos demais bimestres de 2014 o setor estará, enfim, superando a barreira anual dos 4 milhões de toneladas.
Os fracos resultados normalmente obtidos no bimestre inicial de cada novo exercício são justificados não só pelo fato de os embarques se intensificarem só a partir de março, mas também porque o primeiro é o bimestre mais curto do ano, com 59 dias. E é o que faz com que, de forma oposta, o maior volume se concentre no quarto bimestre, o mais longo do ano (62 dias).
Isso fica mais claro na retrospectiva do período 2005-2013 (gráfico abaixo). Por ela se verifica que os embarques de janeiro-fevereiro corresponderam a 14,7% do total anual, ficando cerca de 12% abaixo da média bimestral anual. Já o recorde anual ficou, mesmo, com o quarto bimestre – 17,6% do total anual, índice que corresponde a um volume 5,5% superior à média anual.
Pois tomando-se como base o que foi exportado no bimestre inicial de 2014 (589.294 toneladas) e aplicando-se ao resultado os índices levantados chega-se, neste ano, a um volume anual superior a 4 milhões de toneladas. Mais exatamente, a 4,011 milhões de toneladas, volume 3% superior ao que foi exportado em 2013.
Chegar a esse volume soa, à primeira vista, como promessa distante. Mas é meta plenamente concretizável. Por sinal, reforça essa tese a constatação de que, no ano passado, os embarques bimestrais praticamente situaram-se na média dos últimos nove anos, ou seja: 14,9%, 16,9%, 16,7% e 17,3%, respectivamente, nos quatro primeiros bimestres do ano. Só houve mudança nos dois últimos bimestres (16,9% e 17,3% do total). Mas, ainda assim, a soma do quadrimestre (34%) se manteve dentro da média dos nove anos.
Fonte: Avisite
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