Publicado em: 05/05/2014 às 12:10hs
“Para o bem e para o mal”. Pois, por exemplo, findo o período religioso, os preços do produto tiveram forte refluxo, caindo mais de 16% em apenas nove dias de negócios – recuo de mais de 1% ao dia.
Teria sido pior se, já a partir de fevereiro, não tivesse sido desencadeado incisivo processo de recuperação de preços. Pois em janeiro a remuneração obtida pelo produtor de ovos havia retrocedido ao mais baixo nível dos últimos 27 meses.
A pronta ação do setor descartando poedeiras mais velhas ou menos produtivas propiciou a retomada necessária, acelerada no mês seguinte, março, com o começo da Quaresma. Foi quando as cotações do produto alcançaram o maior valor nominal de todos os tempos, nele permanecendo por mais de 30 dias – entre 17 de março e 17 de abril, ou seja, até a quinta-feira da Semana Santa. O retrocesso começou dois dias depois, no sábado de Aleluia, antes mesmo das comemorações da Páscoa.
A realidade, porém, é que nem mesmo o (excelente) desempenho do período de Quaresma teve efeito positivo sobre o setor. Porque o primeiro quadrimestre de 2014 foi encerrado com uma cotação média mais de 5% inferior à de idêntico período de 2013. Acresça-se a isso a inflação acumulada nos últimos meses, também superior a 5%, e se terá melhor ideia da deterioração de preços enfrentada pelo setor.
O preocupante, agora, é constatar que o ovo está iniciando maio corrente com, praticamente, o mesmo valor nominal registrado em maio de 2013, o que faz com que a perda em relação à inflação fique mais patente.
Fonte: Avisite
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