Para sair de R$1,80/kg (o menor valor de 2013, vigente entre os meses de abril e junho) e chegar aos R$2,15/kg do início de agosto corrente, o frango vivo comercializado no interior paulista levou quase um mês. Já para chegar aos R$2,45/kg registrados no último sábado, 10, não foram necessários mais do que sete dias de negócios.

Esse foi o desempenho do frango vivo no primeiro decêndio de agosto, sem dúvida o período mais profícuo do setor no presente exercício.

Não pela valorização obtida (de R$1,80/kg para R$2,15/kg foram quase 20%; de R$2,15/kg para os atuais R$2,45/kg, perto de 14%), mas pela velocidade dos ajustes registrados, comportamento que dá melhor ideia do ajuste oferta/procura observado neste instante.

Naturalmente, o retorno da população à rotina após as férias de julho, o período de pagamento de salários e as comemorações do Dia dos Pais tiveram influência direta nesse desempenho. Mas o fator principal é, sem dúvida, a oferta mais adequada, eventualmente menor que a de meses anteriores, o que assegura sustentabilidade à firmeza atual e pode, mesmo, propiciar novos ajustes de preço – independente até da passagem do momento do mês.

Seria mais do que oportuno. Pois embora a cotação atual esteja 16,67% acima da registrada um mês atrás e apresente valorização de 6,52% em relação a 10 de agosto de 2012, a média mensal alcançada nos 10 primeiros dias do mês permanece negativa em 1,13% no tocante à média de agosto de 2012.