Publicado em: 02/05/2014 às 10:40hs
Mas o retrocesso foi bem maior se consideradas apenas as perdas de abril: redução de, praticamente, 14%, com a cotação caindo de R$2,55/kg no final de março para R$2,20/kg no último dia de abril.
Menos mal que essa perda tenha se concentrado no finalzinho do período. Pois, com isso, o preço médio de abril, da ordem de R$2,37/kg, recuou proporcionalmente menos, apresentando variação negativa de 5,88%.
Em relação a abril de 2013, a cotação média mais recente apresentou evolução positiva de 11,77%. O que – destaque-se – não influencia a constatação de que o valor médio deste último abril é o segundo pior de 2014, ficando apenas quatro míseros centavos acima da média registrada em fevereiro passado, a menor do ano.
Como, desde então, os custos só vêm crescendo, é certo que o produtor paulista (e, com certeza, o de muitos outros estados) encerra o quadrimestre inicial do ano com a produção onerosa, ou seja, recebendo menos do que gasta para produzir.
Para comprovar, tomem-se os levantamentos de custos mensais da Embrapa Suínos e Aves. www.cnpsa.embrapa.br No último resultado relativo a São Paulo, de janeiro de 2014, o órgão apontava, para aviário convencional, custo médio de R$2,3823/kg. Isto, numa criação integrada, em que itens como pintos de um dia, ração e assistência técnica correm por conta do integrador. Quer dizer: para o produtor independente a situação é ainda pior.
Ressalve-se, de toda forma, que a queda de preço ocorrida em abril não é uma exceção, mas a regra. Nos últimos 15 anos (isto é, desde 2000 até 2014 corrente), em apenas três ocasiões o preço de abril foi maior que o do mês anterior. Ou seja: a redução enfrentada corresponde ao comportamento típico do ápice da “safra” de carne bovina. Ainda que neste ano a “safra” esteja sendo totalmente atípica para o boi.
Fonte: Avisite
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