Mas isso resumiu-se à aparência. Pois o valor médio registrado em setembro ficou apenas 1 (um) centavo (0,14%) acima do alcançado em agosto e, o que é muitíssimo pior, registrou queda de 5,22% em relação ao mesmo mês do ano passado – um desempenho inverso ao da inflação oficial que, pelo IPCA-15, registra nos últimos 12 meses evolução próxima de 8%.

Igualmente preocupante é o fato de o retrocesso de preço ter se iniciado antes da virada da primeira para a segunda quinzena, denotando a fraca capacidade aquisitiva dos consumidores. Isto, depois de o pico de preços do mês ter sido absolutamente igual aos dos dois meses anteriores, comportamento que sinaliza o valor máximo que o mercado se dispõe a pagar.

Impossível ignorar, no entanto, que o desempenho do frango abatido só não vem sendo pior graças ao frango vivo. Porque, na busca de minimizar as perdas enfrentadas, os abatedouros têm recorrido minimamente ao mercado de aves vivas, o que torna o quadro destas bem mais grave, com represamento do produto ofertado.

Daí a semana passada ter sido marcada por novas quedas de preço e o retrocesso a valor que não era registrado desde o início de março passado. Cotado, no último final de semana, por R$5,50/kg, o frango vivo negociado no interior paulista encerrou setembro com um valor médio mais de 4% inferior não só ao mês anterior, mas também a setembro de 2021.