Publicado em: 05/12/2025 às 17:00hs
O mercado brasileiro de carne de frango apresentou movimento misto nos preços durante a semana, tanto no segmento vivo quanto no atacado. De acordo com análise da Safras & Mercado, a demanda doméstica aquecida tem sido o principal fator para sustentar a recuperação das cotações, enquanto as exportações caminham para retomar força total até o fim do ano.
O analista Fernando Iglesias, da Safras & Mercado, explica que o aumento do consumo no mercado interno e a retomada das exportações têm contribuído para o desempenho positivo dos preços.
“O mercado observa com atenção o comportamento dos grãos, especialmente em um ano em que a estrutura de custos não apresentou pressão inflacionária relevante”, comenta Iglesias.
Segundo ele, no mercado de frango abatido, os preços seguem estáveis, mas há expectativa de melhora até o fim de dezembro, impulsionada pelo aquecimento do consumo doméstico.
O analista acrescenta que as exportações devem ganhar ritmo nas próximas semanas, com o retorno das compras pelos principais destinos da carne de frango brasileira. “O volume embarcado deve ficar entre 450 e 500 mil toneladas mensais, com possibilidade de superar os números registrados em 2024”, projeta.
Conforme levantamento semanal da Safras & Mercado, os preços dos cortes congelados de frango em São Paulo apresentaram variações:
Nos cortes resfriados, o movimento foi semelhante:
O levantamento também apontou estabilidade e pequenas variações regionais:
As exportações de carne de aves e miudezas comestíveis do Brasil totalizaram US$ 710,8 milhões em novembro de 2025, considerando 19 dias úteis. A média diária de receita ficou em US$ 37,4 milhões, com embarques de 400,9 mil toneladas e média diária de 21,1 mil toneladas.
O preço médio da tonelada exportada foi de US$ 1.773,20, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Na comparação com novembro de 2024, houve:
Mesmo com a leve retração nas exportações, o cenário permanece positivo para o segmento avícola, sustentado pela demanda doméstica firme e pela expectativa de retomada gradual nos embarques internacionais.
Com custos controlados e maior consumo interno, o mercado deve manter equilíbrio entre oferta e demanda, criando condições para estabilidade e recuperação dos preços até o final do ano, segundo especialistas.
Fonte: Portal do Agronegócio
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