Aplicado o mesmo raciocínio ao preço pago ao produtor, na granja, pelo quilo da ave viva, verifica-se que em maio passado o valor recebido correspondeu a 137,97 pontos. Ou seja: o custo registra evolução mais de 20% superior ao valor de retorno.

Não só isso: nos 53 meses decorridos entre janeiro de 2010 e maio de 2014 em apenas nove ocasiões (cerca de 17% do total) o preço de venda do frango vivo apresentou variação superior à registrada pelo custo.

A última vez em que isso ocorreu foi no trimestre agosto-outubro de 2013, meses em que as baixas temperaturas de um inverno rigoroso ocasionaram redução na oferta do produto. De novembro em diante – isto é, nos últimos seis meses – os custos continuaram crescendo em velocidade bem superior à dos preços recebidos que, pelo contrário, sofreram redução.

Em maio passado, por exemplo, ainda que o custo tenha retrocedido ligeiramente em relação ao mês anterior, o frango vivo obteve a menor receita dos últimos 10 meses.