Publicado em: 28/11/2025 às 11:40hs
Depois de registrar, em outubro, a relação de troca mais favorável da história frente ao farelo de soja, o avicultor paulista viu seu poder de compra recuar em novembro, de acordo com levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP).
Os pesquisadores apontam que a perda de rentabilidade está diretamente ligada à desvalorização do frango vivo e ao encarecimento dos principais insumos da atividade, como o milho e o farelo de soja, essenciais na produção da avicultura de corte.
Na parcial de novembro (até o dia 26), o frango vivo é negociado, em média, a R$ 6,10 por quilo no estado de São Paulo — uma queda de 2,6% em relação a outubro, segundo o Cepea.
A redução nos preços ocorre em um contexto de oferta ajustada e leve desaceleração no consumo interno, o que tem limitado o repasse de custos ao mercado. Ainda assim, as margens seguem positivas em comparação aos padrões históricos.
Enquanto o preço do frango recuou, o farelo de soja — um dos principais componentes da ração — apresentou alta de 5,3%, atingindo média de R$ 1.724,78 por tonelada na região de Campinas (SP).
Com isso, a relação de troca entre o produto final e o insumo sofreu deterioração: o produtor, que em outubro conseguia adquirir 3,83 quilos de farelo com a venda de um quilo de frango vivo, agora compra apenas 3,54 quilos.
Apesar da queda no poder de compra, o Cepea ressalta que as margens de ganho continuam positivas. Mesmo com o recuo em novembro, o volume de farelo que o avicultor paulista consegue adquirir segue 7,3% acima da média de 2025, quando considerados os valores em termos reais, deflacionados pelo IGP-DI de outubro.
O cenário indica que, embora o custo de produção tenha voltado a subir, a avicultura paulista mantém competitividade e rentabilidade, sustentada pelo bom desempenho acumulado ao longo do ano.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias