Publicado em: 19/09/2024 às 11:05hs
Dependendo de como se comportem as exportações de setembro, dois dos quatro principais itens da carne de frango exportada pelo Brasil podem reverter os resultados negativos ainda registrados, contribuindo para que o volume global até agora exportado volte a apresentar incremento em relação a 2023.
No acumulado entre janeiro e agosto, apenas os industrializados registraram aumento de volume, em índices próximos de 4%. Mas como representam menos de 2,5% do volume exportado no período, pouco influenciam o resultado total.
Não é o que acontece com os cortes de frango que, nestes oito primeiros meses de 2024 responderam por quase três quartos das exportações do setor: o volume até agora registrado, já não muito distante dos 2,5 milhões de toneladas, se encontra apenas 1,4% aquém do alcançado em idêntico período de 2023. Assim, a reversão está bem próxima.
Situação muito similar é a do frango inteiro: suas (quase) 700 mil toneladas – correspondentes a, aproximadamente, 21% do total exportado – se encontram agora 2,25% abaixo da observada entre janeiro e agosto de 2023. Se, com os cortes, conseguir em setembro reverter esse resultado, fará com que também o acumulado no ano passe a superar o exportado um ano atrás. Isto, independentemente do desempenho da carne salgada, cujo volume no ano apresenta recuo próximo de 15%.
O que não muda para os quatro itens é o preço, ainda inferior ao de 2023. É verdade que em agosto três deles (cortes, frango inteiro e carne salgada) voltaram a alcançar preços superiores aos de um ano antes. Mas, na média do ano, todos permanecem apreçados por valor menor que o dos mesmos oito meses do ano passado.
Isso, obviamente, interfere na receita cambial, que também tende a manter -se negativa em relação a 2023. De toda forma, há alguma chance de os cortes de frango passarem a apresentar ganho anual na receita, pois ela, atualmente, se encontra não mais que cinco por cento aquém da registrada nos dois primeiros quadrimestres do último ano. Ou seja: a tendência é de, pelo menos, redução no déficit observado na receita cambial total.
Fonte: AviSite
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