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Cepea divulga agromensais de agosto de 2024 com análise dos principais mercados agrícolas

Mercado de açúcar, algodão, boi e café enfrentam oscilações, enquanto soja e milho mostram recuperação no final do mês


Publicado em: 06/09/2024 às 11:30hs

Cepea divulga agromensais de agosto de 2024 com análise dos principais mercados agrícolas

O Cepea disponibilizou as análises agromensais referentes ao mês de agosto de 2024 em seu site. Os dados apontam para comportamentos diversos nos mercados agrícolas, com destaque para as variações nos setores de açúcar, algodão, café e boi, além das oscilações nos preços de milho e soja.

Açúcar: O mercado spot paulista de açúcar cristal permanece com baixa demanda, possivelmente reflexo de vendas mais fracas no varejo. Adicionalmente, nas últimas duas safras, várias indústrias têm assegurado seus estoques por meio de contratos, diminuindo a participação no mercado spot. O clima seco em São Paulo tem favorecido a colheita e a produção de açúcar na safra atual (2024/25).

Algodão: Após dois meses de alta, o valor médio do algodão em pluma caiu no mercado interno em agosto, ficando abaixo de R$ 4,00 por libra-peso. Essa queda foi influenciada pela menor paridade de exportação, devido à desvalorização internacional, pela necessidade de vendedores de gerar caixa e pelo avanço da colheita e beneficiamento.

Arroz: O mercado de arroz em casca no Rio Grande do Sul foi caracterizado por baixa liquidez em agosto, com uma forte disputa entre compradores e vendedores em relação aos preços. Enquanto os produtores seguraram as ofertas esperando cotações mais altas, as indústrias relataram dificuldades em obter margem devido aos valores elevados exigidos.

Boi: Entre julho e outubro, os preços dos bezerros costumam ser mais baixos devido ao ciclo produtivo e à necessidade dos pecuaristas de criarem espaço para as vacas na estação de reprodução. Além disso, o período de seca intensifica a oferta de bezerros no mercado.

Café: O mês de agosto foi marcado pela valorização constante do café robusta, que terminou o período com preços superiores ao do arábica. A alta foi impulsionada pela oferta global limitada, com destaque para o Vietnã, maior produtor de robusta, que vem enfrentando dificuldades climáticas. No Brasil, a baixa umidade no Espírito Santo, maior produtor da variedade, já preocupa para a próxima safra (2025/26).

Etanol: Os preços dos etanóis hidratado e anidro fecharam agosto enfraquecidos no estado de São Paulo. Apesar da demanda firme, a oferta aumentada no mercado spot paulista pressionou os preços para baixo.

Frango: Após uma queda em julho, os preços médios da carne de frango no atacado voltaram a subir em agosto. Esse movimento foi impulsionado pela demanda aquecida, especialmente na primeira quinzena, com o pagamento dos salários, e pela oferta mais restrita no mercado interno.

Milho: Os preços do milho começaram agosto em queda, mas encerraram o mês em alta. Durante a primeira quinzena, a baixa demanda interna e a utilização de estoques já negociados mantiveram o mercado lento. Na segunda metade do mês, no entanto, houve uma recuperação, com vendedores reagindo de forma distinta, dependendo da oferta e demanda regionais.

Ovinos: Os estados do Sul, como Rio Grande do Sul e Paraná, apresentaram oferta limitada e alta demanda por ovinos em agosto. Em contraste, Mato Grosso e São Paulo mantiveram mercados fracos e com baixa procura. Nas regiões sulistas, as chuvas excessivas dos meses anteriores reduziram o consumo, e agora, com a procura maior do que a oferta, os preços subiram.

Soja: O mercado de soja apresentou oscilações ao longo de agosto. Na primeira quinzena, os preços caíram devido às expectativas de maior oferta global, o que retraiu os consumidores. Já na segunda metade do mês, houve uma recuperação parcial, impulsionada pela demanda aquecida da China e pela retração dos sojicultores em negociar o remanescente da safra 2023/24.

Trigo: Em agosto, com o início da colheita e a entrada de novos lotes da safra no mercado, os moinhos demonstraram pouco interesse em adquirir trigo, o que manteve as cotações pressionadas. A qualidade do cereal ainda não atende as exigências dos compradores, levando alguns vendedores a oferecer o produto a preços mais baixos. No entanto, lotes remanescentes da safra anterior, ainda que escassos, foram comercializados a valores mais altos.

Agromensais de AGOSTO/2024

Fonte: Portal do Agronegócio

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