Pois esse número não é muito diferente do divulgado pela APINCO que, baseada na produção anterior de pintos de corte, estimou para o trimestre volume da ordem de 3,112 milhões de toneladas, 6,5% a mais que no mesmo período de 2013.

A partir de tais estimativas, não é difícil projetar a produção do corrente trimestre, fechando assim o primeiro semestre de 2014.

À primeira vista, o volume produzido entre abril e junho deveria ser significativamente maior que o do trimestre inicial do ano, por duas razões principais: o segundo trimestre tem mais dias que o primeiro; o rendimento do frango no período (outono) é substancialmente melhor que o do início do ano (verão).

Em 2014, no entanto, isso pode não ocorrer. Porque, devido ao grande número de feriados e à redução do ritmo da economia no período da Copa (que começa em pouco mais de 4 semanas), o segundo trimestre do ano ficou bem mais “curto” que o primeiro. Ao menos para as atividades produtivas. Dessa forma, até o eventual ganho de produtividade do outono tende a ser neutralizado pelo menor número de dias “trabalhados”.

Isso, em última instância, significa que será difícil superar-se a produção dos três primeiros meses do ano – inclusive porque as condições de mercado, desde o início do trimestre, vêm determinando desaceleração no movimento do setor.

Sob tais circunstâncias, a produção de carne de frango do segundo trimestre de 2014 tende, no máximo, a repetir os volumes registrados no trimestre inicial, ficando em torno ou abaixo dos 3,1 milhões de toneladas.

Com isso, o volume semestral irá, na melhor das hipóteses, pouco além dos 6,2 milhões de toneladas, resultado que, se confirmado, significará aumento de não mais de 2% sobre o primeiro semestre de 2013.

Apesar do aumento, a produção brasileira de carne de frango continuará inferior à dos mesmos semestres de 2011 e 2012.