Começando pelo que ocorreu 10 anos atrás, no quadriênio 2000/2004:

Naquela ocasião as exportações de carne iniciaram o período com um volume médio da ordem de 70 mil toneladas mensais e, quase 50 meses depois, fecharam 2003 com embarques em torno das 180 mil toneladas – isso depois de terem se aproximado (final de 2002) da marca das 200 mil toneladas/mês.

De toda forma, considerada apenas a evolução ponta a ponta, a expansão (pela média trimestral móvel) ficou próxima de 125%, índice que correspondeu a um incremento médio de cerca de 1,75% ao mês em quatro anos. 

Além disso, aplicada sobre esse resultado uma linha de tendência, a indicação era de embarques da ordem de 200 mil toneladas mensais no final de 2004 – desempenho que acabou antecipado, pois os volumes daquele exercício superaram ligeiramente a média das 200 mil/t/mês, colocando o Brasil na liderança mundial das exportações de carne de frango.

Nada comparável a isso neste último quadriênio. Ainda que tenham aberto o período com embarques da ordem de 270 mil toneladas/mês, logo chegando às 350 mil toneladas (quase 30% de aumento em pouco mais de seis meses), raras vezes os embarques mensais voltaram a repetir esse desempenho. O resultado, pelo mesmo raciocínio anterior, foi um incremento de pouco mais de 25% em 48 meses, índice que corresponde a uma expansão média de menos de meio por cento ao mês.

Completando o cenário, a linha de tendência aplicada sobre esse resultado sugere embarques ainda aquém das 340 mil toneladas no final de 2014 (a média, em 2013, ficou em 324,3 mil/t/mês). 

Ou seja: mantido o desempenho observado no quadriênio 2010/2013, as exportações brasileiras de carne de frango podem continuar aquém dos 4 milhões de toneladas anuais também em 2014.