Naquela ocasião, 18 afiliados da ABEF responderam por 96,57% desse volume. Eles estavam representados por 16 empresas privadas (vide relação abaixo, junto aos gráficos) e por duas cooperativas – Aurora e Copacol. Considerados apenas esses 18 afiliados, as empresas privadas responderam por 97% do total exportado pelo grupo, cabendo às duas cooperativas os restantes 3%.

Decorridos os primeiros 14 anos do século XXI, o quadro é bem diferente. Com a globalização, as 16 empresas de 2000 ficaram reduzidas a menos de uma dezena, enquanto, da parte das cooperativas, ampliou-se o número das que entraram na avicultura e passaram a atuar também na exportação de carne de frango.

O resultado disso é que, para um aumento de 340% nas exportações – de perto de 907 mil/t em 2000 para 3,995 milhões/t em 2014 – o volume exportado no ano que passou pelas cooperativas (dados da SECEX/MDIC) aumentou mais de 1.600% - de cerca de 30 mil/t para 530 mil/t.

Ou seja: a concentração não garantiu a manutenção do nível de participação das empresas privadas, pois o volume por elas exportado aumentou menos de 300%. Com isso sua participação no total exportado recuou 10 pontos percentuais, para 87% do total, enquanto a das cooperativas subiu para 13% do total – um índice 300% maior que o registrado em 2000.