Matéria do AviSite publicada há exatas duas décadas (24 de maio de 2001) revela que, no fechamento do primeiro quadrimestre daquele ano, o volume total exportado – então representado quase exclusivamente pelo frango inteiro e seus cortes – ficou próximo das 374 mil toneladas. E isso representou 97% do volume exportado neste ano em abril.

Nas estatísticas de 2001, o total embarcado em quatro meses foi 36% superior ao de idêntico período do ano anterior. Porém, ainda mais significativo foi o aumento na receita cambial: 52,5% de acréscimo sobre os mesmos quatro meses de 2000.

O detalhe, neste caso, é que a receita ficou próxima, mas aquém, dos US$400 milhões. Quer dizer: correspondeu a não mais que dois terços da receita cambial obtida neste ano em somente um mês (US$598 milhões em abril passado).

Naquela ocasião, o Brasil já havia se tornado um dos grandes “players” das exportações mundiais de carne de frango, mas, provavelmente, ainda não contava tornar-se o líder do setor, pois suas vendas externas (893 mil/t em 2000) correspondiam a, apenas, 40% das exportações norte-americanas (2,231 milhões/t, segundo o USDA).

Apesar, no entanto, da efervescência do mercado exportador, o setor operava com uma grande preocupação: o País enfrentava, na pecuária de corte, um caso de febre aftosa e, então, problema do gênero gerava embargo total nas exportações de carnes.