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Brasil pode perder espaço no comércio mundial de carne de frango

O trabalho mais recente desenvolvido em conjunto pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) sugere, para os dez anos entre 2014 e 2023, expansão de 26% nas exportações brasileiras de carne de frango – média de 2,35% ao ano


Publicado em: 25/07/2014 às 11:50hs

Brasil pode perder espaço no comércio mundial de carne de frango

Uma vez que esses índices são inferiores aos previstos para as exportações globais de carne do frango do período - para elas é apontado incremento de 32,39%, média próxima de 3% ao ano – tal projeção significa perda de participação da carne de frango brasileira no comércio internacional. Uma queda de quase 5% em relação ao índice atual – de 31,44% em 2013 (números preliminares da OCDE/FAO) para 29,96% em 2023.

Mas tem mais: as mesmas projeções indicam que, na década em pauta, as exportações norte-americanas de carne de frango terão crescimento da ordem de 30,23%,o que significa não apenas desempenho melhor que o brasileiro, mas também que os EUA podem voltar a ocupar a liderança nas exportações mundiais de carne de frango, posição que o Brasil detém desde 2004. Ou seja: mesmo registrando pequena perda de participação no comércio mundial, a participação norte-americana passaria a ser ligeiramente maior que a brasileira – de 30,16% sobre o total exportado mundialmente.

É importante notar, de toda forma, que as projeções OCDE/FAO trazem o que se poderia considerar “incongruências à primeira vista inexplicáveis”. Pois estimam, por exemplo, que no ano que vem as exportações mundiais de carne de frango apresentarão incremento de 5,1%, índice bem superior à média prevista nos outros nove anos, da ordem de 2,6% ao ano. E, no tocante a Brasil e EUA, sugere, para dentro de dois anos (2016) que enquanto as exportações norte-americanas crescerão 5%, as brasileiras recuarão perto de 1%.

Em outras palavras, eliminados os índices que fogem ao padrão médio, as exportações brasileiras terão crescimento próximo ao da média mundial. E as norte-americanas, embora apresentando índice de evolução ligeiramente superior, continuarão, em volume, aquém das efetuadas pelo Brasil.

Mesmo assim, não custa ficar atento às tendências apontadas. Pois as deficiências e ônus de ordem interna põem em risco a liderança do Brasil no comércio mundial de carne de frango.

Fonte: Avisite

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