Avicultura

Baixas do frango prosseguem em SP e MG

Ontem, quinta-feira ? teoricamente, o melhor dia da semana e do mês para a comercialização do produto ? o frango vivo continuou sem a mínima sustentação e sem indícios de reversão ou, mesmo, de estabilização. Pelo contrário, perdeu mais cinco centavos de seu preço (pela terceira vez em quatro dias) e foi comercializado por R$2,30/kg


Publicado em: 05/04/2013 às 10:20hs

Baixas do frango prosseguem em SP e MG

Minas Gerais – que após uma baixa de 15 centavos na segunda-feira, permaneceu com o preço estabilizado nos dois dias seguintes – desta vez acompanhou. Mas, em retrocesso mais severo que o de São Paulo, sofreu recuo de dez centavos, o que levou o frango vivo mineiro a ser comercializado por R$2,35/kg.

A esta altura não há muito mais a comentar, exceto lamentar que as perdas enfrentadas pelo setor continuem não chegando ao consumidor – o que já passa a falsa imagem de que o setor vem se beneficiando das decantadas “benesses” governamentais.

Ainda ontem, falando sobre a inflação dos alimentos pela rádio CBN, a comentarista econômica da rede Globo, Miriam Leitão, destacou que, ao contrário da carne bovina, que já caiu de preço, “o [preço do] frango continua alto”.

Não por culpa do setor produtivo, Dona Miriam. Do primeiro dia útil do ano (2 de janeiro) até ontem, 4 de abril, frango vivo (granja, interior de São Paulo) e abatido (grande atacado da cidade de São Paulo) perderam exatos 70 centavos de seu preço inicial, enquanto no varejo paulistano (dados do Procon-SP para o frango resfriado) a redução foi de apenas 22 centavos.

Dito de outra forma, o frango vivo viu volatizar-se quase um quarto de seu preço (de R$3,00/kg para R$2,30/kg, redução de 23%); o abatido perdeu cerca de 18% (de R$3,95/kg para R$3,25/kg). Já o benefício transferido para o consumidor não foi além de 4% - de R$5,34/kg para R$5,12/kg.

Por sinal, neste caso não é preciso ser economista para constatar que a margem do varejista em relação ao preço do atacado subiu de 35% para 57%. E quem paga o pato é quem produz.

Fonte: Avisite

◄ Leia outras notícias