Publicado em: 13/08/2025 às 11:45hs
O setor avícola do Rio Grande do Sul continua enfrentando efeitos do recente caso de Influenza Aviária, segundo análise da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav). As exportações de carne de frango, processada e in natura, registraram queda significativa em julho de 2025, comparadas ao mesmo período do ano passado, mas o mercado de ovos apresenta sinais de recuperação em receita.
Em julho, o RS exportou 46,244 mil toneladas de carne de frango, 22,1% menos que as 59,344 mil toneladas registradas em julho de 2024, representando uma redução de 13,1 mil toneladas.
Em termos de faturamento, a receita caiu 20,8%, de US$ 104,136 milhões em julho de 2024 para US$ 82,505 milhões no mesmo mês de 2025, com queda de US$ 21,6 milhões.
No acumulado dos sete primeiros meses de 2025, os embarques totalizaram 394,548 mil toneladas, queda de 4,5% sobre as 413,317 mil toneladas de janeiro a julho de 2024. A receita somou US$ 708,078 milhões, recuo de 3,5% em relação aos US$ 733,841 milhões do mesmo período do ano passado.
Segundo José Eduardo dos Santos, presidente executivo da Asgav / Sipargs, o setor avícola gaúcho continua trabalhando na retomada de mercados internacionais, com foco na União Europeia e China:
“Nosso setor tem potencial de produção para atender muitos mercados. Mesmo com o caso de Influenza Aviária, mostramos nossa capacidade de resposta e intensificamos a biosseguridade. O Rio Grande do Sul tem condições de se recuperar e avançar no atendimento ao mercado interno e externo”, afirmou Santos.
Entre janeiro e julho de 2025, a venda de ovos caiu 30,6%, de 4,312 mil toneladas para 2,994 mil toneladas, uma redução de 1,3 mil toneladas.
Apesar da queda em volume, a receita aumentou 9%, de US$ 10,205 milhões para US$ 11,127 milhões, refletindo valorização da tonelada de ovos no mercado externo e aumento da demanda nacional e internacional.
Em julho, o RS exportou 587 toneladas de ovos, alta de 7,6% sobre as 545 toneladas embarcadas em julho de 2024. A receita com essas vendas avançou 66,1%, passando de US$ 1,266 milhão para US$ 2,103 milhões.
A expectativa do setor é que a retomada do mercado chileno impulsione ainda mais as exportações de ovos e carne de frango até o final de 2025.
Fonte: Portal do Agronegócio
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