Ontem (4), após 112 dias de estabilidade no valor referencial (mas efetuando há semanas negócios com desconto), o frango vivo disponibilizado no interior paulista sofreu baixa de 10 centavos, sendo comercializado por R$5,90/kg. Não foi um movimento isolado: o produto mineiro também perdeu 10 centavos e, exatamente quando iria completar 30 dias de estabilidade, teve sua cotação rebaixada para R$6,10/kg.

Em Minas, essa é a primeira ocorrência do gênero neste ano. Já São Paulo havia enfrentado baixa, de curta duração, no final de janeiro, portanto, há mais de nove meses. Desde então, o produto paulista chegou a valorizar-se mais de 42%, índice que, entre os mineiros ficou próximo dos 46%.

A despeito do recuo, vendas a preços inferiores (conforme necessidades e interesses das partes) continuaram sendo realizadas, revelando a instabilidade do mercado – fato raro no setor já que ocorre no instante em que os salários começam a ser pagos e os preços dos alimentos se firmam.

Não é ocorrência casual, todos sabem, pois já atingiu o boi em pé e o suíno vivo. E, infelizmente, não apresenta tendências de reversão. Pelo menos no atual momento econômico do consumidor. Assim, ainda que o frango abatido experimente valorização nesta e na próxima semana, a hipótese de novas baixas virem a afetar o frango vivo não deve ser afastada.