Os principais fatores para esse sucesso estão associados à alta qualidade do frango brasileiro, à produção com custos competitivos e à capacidade do segmento em se adequar rapidamente às exigências dos diferentes mercados, dentre os quais fatores que envolvem a sanidade das aves e a segurança alimentar dos produtos ofertados.

O bom desempenho deste setor se deve aos fortes avanços na melhoria dos materiais genéticos ulilizados, investimentos nas melhores tecnologias para ambiência e equipamentos, manejo dos processos e uma nutrição de alta qualidade que é fornecida do nascimento ao abate das aves, aliados a excelentes programas sanitários.

Considerando que a idade de abate destas aves tem se tornado cada vez menor, é fundamental manter sua saúde gastrointestinal para que elas possam aproveitar de maneira eficiente todos os nutrientes da dieta, expressando assim todo o seu potencial genético.

A saúde gastrointestinal em aves se refere à existência de equilíbrio dinâmico entre a qualidade da mucosa intestinal e a flora presente no intestino, bem como à ausência de toxinas. Um desequilibrio neste sistema provoca enteropatias (enterites como clostridiose, colibacilose, coccidiose) que certamente comprometem o desempenho das aves, por afetar o ganho de peso e a conversão alimentar, podendo em alguns momentos aumentar a taxa de mortalidade.

Para evitar essas perdas, a avicultura industrial se utiliza de produtos denominados promotores de crescimento, que atuam visando a estabelecer este equilibrio, seja pela manutenção de uma flora benéfica, seja pela manutenção e renovação adequada do epitélio da mucosa intestinal.

Durante muito tempo os produtos de eleição foram os AGP (Antibiotic Growth Promouter) - antibioticos promotores de crescimento, porém com o aparecimento de questionamentos envolvendo possível resistencia bacteriana, similaridade com produtos utilizados na linha humana, entre outros, alguns mercados passaram a restringir o uso destes produtos.

O Brasil figurando entre os países lideres na produção, na exportação de carne de frango, não está fora deste cenário, e a indústria nacional rapidamente vem se adequando a esta modalidade de produção AGP free.

Como os desafios para a produção estão cada vez maiores, tornou-se praticamente impossível produzir com eficiência sem a adoção de novas tecnologias, surgindo assim uma série de produtos como alternativa aos AGPs, possibilitando resultados muito semelhantes e até melhores. Entre estas novas tecnologias, destacam-se os probióticos, pré-bióticos, ácidos orgânicos e óleos essenciais, que são utilizados nas rações e/ou via água de bebida.

Hoje a indústria avícola brasileira dispõe de uma boa quantidade de fornecedores para esses produtos, entre eles destaca-se a Kemin, empresa com mais de 50 anos de experiência que, através de sua divisão de nutrição e saúde animal, preocupa-se em auxiliar seus clientes com soluções eficazes e consistentes para a garantia da lucratividade na produção animal através de um portifólio ancorado na segurança alimentar, saúde dos animais e eficiência produtiva.

Para atuar na linha dos promotores de crescimento sem antibióticos, a empresa dispõe de probiótico (CLOSTAT), ácidos orgânicos (Butipearl) e Óleos essenciais (Orsential), entre outros.

Esta alta capacidade que a avicultura brasileira apresenta de se modernizar e rapidamente se adaptar às novas exigências de mercado é que nos assegura estar entre os lideres mundiais de produção e exportando para mais de 190 países.

Marcos Teo é veterinário e Gerente de Serviços Técnicos da Kemin para a América do Sul