Um dos maiores desafios no cultivo de camarões e peixes está na necessidade de troca diária de água, para evitar o acúmulo de resíduos que são excretados pelos animais e que podem intoxicar os animais. Neste cenário, o Bioflocos é um sistema alternativo, que permite prolongar o uso desse recurso na produção, por meio de um controle adequado de aspectos nutricionais, e o controle dos microrganismos da água através da proporção entre carbono e nitrogênio. 

Para o Gerente de Produtos para Aquacultura da Guabi, o zootecnista João Manoel Cordeiro Alves, com o manejo adequado é possível utilizar a mesma água por quatro ou cinco anos. “Através da salinização da água e controle do sistema é possível produzir camarões marinhos, por exemplo, em qualquer lugar ou clima, independente de ser na região litorânea e de maneira ecológica”, explica.

“O carcinicultor (produtor de camarões) consegue produzir mais gastando menos e o consumidor terá acesso a pescados mais frescos, pois não serão necessários grandes deslocamentos do produto, já que o cultivo pode ser feito em qualquer cidade por meio desse sistema", complementa Alves.

Conhecimento

Para esclarecer dúvidas de produtores relacionadas à aplicação do método, a Guabi, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande (Furg), realizará no dia 14 de setembro, durante o Congresso Brasileiro de Aquicultura e Biologia Aquática (AQUACIÊNCIA), o Workshop Aspectos nutricionais do cultivo de camarão em sistemas de bioflocos. Na ocasião, João Manoel e outros profissionais renomados da área, irão falar sobre os aspectos nutricionais no cultivo de camarões em sistemas bioflocos. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas pelo site www.aquaciencia2021.aquabio.com.br