Aquicultura e Pesca

Parques aquícolas reforçam economia do Médio Norte de MT, diz Riva

A implantação de parques aquícolas no reservatório da Usina de Manso e no município de Nortelândia, no Médio-Norte de Mato Grosso, anunciados nesta terça-feira, pelo ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, representará uma mudança significativa na realidade econômica e social das regiões, de acordo com o deputado estadual José Riva (PSD)


Publicado em: 11/09/2013 às 13:10hs

Parques aquícolas reforçam economia do Médio Norte de MT, diz Riva

Segundo o parlamentar, o programa tem grande potencial de inclusão social, combatendo as desigualdades regionais. “É fundamental principalmente para a bacia do Alto Paraguai, nas cidades de Nortelândia, Alto Paraguai, Arenápolis e outras doze cidades. Tenho certeza que essa região passará por uma transformação com este programa que vai gerar emprego e renda, amenizando os problemas sociais. O Governo do Estado tem o interesse de levar este projeto para outras cidades e a Assembleia Legislativa apoia a iniciativa”, disse.

O Poder Legislativo já fez várias indicações nesse sentido e os parlamentares têm defendido ao longo dos anos, a construção do parque aquícola na Usina de Manso. “Sempre defendemos esta medida por ser uma oportunidade para, quem sabe, reduzirmos progressivamente a pesca profissional a partir da nova atividade econômica, pois os nossos rios estão exauridos”, justificou.

Durante a solenidade realizada no Palácio Paiaguás, o ministro disse que o investimento do governo federal está sendo realizado para o país melhorar a posição no ranking de produção aquícola, onde atualmente ocupa o 25º lugar. “Precisamos multiplicar o peixe e estamos dando um passo importante em Mato Grosso para alcançarmos este objetivo. Temos que aumentar muito ainda a produção de pescado para chegar no mínimo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 800 milhões de kg anualmente”, exemplificou.

Na Usina de Manso, serão implantados oito parques aquícolas, que terão capacidade para produzir 7.896 toneladas de pescado anualmente. A licitação será para a contratação de quatro parques onerosos (concedidos mediante pagamento, de cunho empresarial) e quatro não onerosos (para aquicultores familiares). Em Nortelândia, a previsão é de que 300 famílias sejam beneficiadas inicialmente pelo projeto. Tilápias e peixes nativos da bacia do rio Paraguai serão criados em 285 viveiros escavados a serem construídos, cada um com área de cinco mil metros quadrados.

A União investirá cerca de R$ 4 milhões para a construção dos parques aquícolas em Manso. Já no município do Médio-Norte, o aporte financeiro será de R$ 16 milhões. “Com o aumento do pescado, com certeza será ampliado o consumo no estado e o peixe poderá custar entre R$ 5 e R$ 6 reais”, previu o ministro Marcelo Crivella.

O governador Silval Barbosa lembrou que Mato Grosso é o maior produtor de soja, milho, algodão e carne suína no Brasil e que a intenção é ampliar sua performance no setor da aquicultura. “Mesmo com nosso potencial, temos desigualdades regionais e esse programa é uma possibilidade real de fomento da região Médio-Norte para ter a economia aquecida. O clima e a água em abundância no estado propiciam a ampliação da produção de peixes”, afirmou.

Prefeito de Nortelândia, Neurilan Fraga (PSD) foi elogiado pelo ministro no evento, em função de ter acreditado no programa e elaborado projeto para que a cidade fosse beneficiada. “Lutamos para que Nortelândia entrasse nesse programa estruturante, que impulsionará a economia da região e proporcionará a inclusão social, mudando a realidade do Médio-Norte e da nossa cidade que conta com sete mil habitantes”, agradeceu o chefe do executivo municipal.

Após a solenidade no Palácio Paiaguás, o ministro, o governador, o deputado Riva e outras lideranças políticas de Mato Grosso se deslocaram para Nortelândia, para a assinatura do convênio

De acordo com o Ministério da Pesca e Aquicultura, o projeto prevê a implantação de unidade de beneficiamento de pescado, com capacidade para cinco toneladas diárias, e de uma fábrica de ração, com capacidade de produção de sete toneladas por dia, além de capacitação de aquicultores. Na cidade de Alto Paraguai, será construído um laboratório de produção de alevinos (filhotes de peixe), com capacidade para cinco milhões de toneladas anualmente.

Fonte: So Notícias/Agronotícias

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