O objetivo do espaço é divulgar o Programa RS Pesca e Aquicultura. No local, acontecem atividades de demonstração de processamento de cortes de pescado, oficinas de culinária com degustação ao público, liberação de alevinos em açudes e a prática de despesca (retirada dos peixes dos viveiros). As ações são realizadas duas vezes ao dia, podendo ser acompanhadas até 1º de setembro.

Durante as demonstrações, os técnicos da Emater/RS-Ascar dão algumas orientações sobre o preparo do açude, construção de viveiros e transporte de alevinos. Para preparar o açude é preciso secá-lo, revisar o sistema de entrada e saída de água, colocar calcário para corrigir a acidez e fazer a adubação de fundo.

Para a construção de viveiros, o indicado é a utilização de lugares secos, onde se possa colocar água para abastecimento e retirá-la totalmente, permitindo a secagem do local uma vez por ano. Já para o transporte de alevinos recomenda-se o uso de embalagens plásticas com água e oxigênio, evitar o uso de baldes, latas e tonéis, entre outros.

No viveiro presente na Expointer, os visitantes poderão conhecer quatro tipos de carpas: húngara, capim, cabeça grande e prateada.

De acordo com o assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, João Alfredo Sampaio, a Instituição tem vários trabalhos na área da piscicultura. Além disso, destaca que a Emater/RS-Ascar está elaborando os projetos para os interessados em acessar o Programa RS Pesca e Aquicultura.

O técnico agropecuário da Emater/RS-Ascar de Roca Sales, Deuclesio Piccoli, fala que a Entidade presta assistência na construção dos viveiros e desenvolve vários cursos na área, no Centro de Treinamento de Agricultores de Montenegro (Cetam). “A piscicultura está crescendo em nível de Estado. Os pescadores estão presentes nas feiras e o peixe está sendo incluído na alimentação escolar”, complementa.

Programa RS Pesca e Aquicultura

O programa é desenvolvido pela Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) através do Departamento de Pesca Aquicultura, Quilombolas e Indígenas (DPAQUI) e tem como objetivo promover o desenvolvimento da pesca artesanal e da aquicultura familiar no Rio Grande do Sul.

O RS Pesca e Aquicultura tem como ações diagnosticar e monitorar a cadeira produtiva da pesca artesanal e da aquicultura familiar, oferecer assistência técnica – através da Emater/RS-Ascar –, capacitar os produtores, disponibilizar o licenciamento ambiental, apoiar a comercialização de pescados, construir viveiros e/ou tanques para piscicultura, apoiar fóruns regionais, associações, sindicatos e colônias de pescadores, entre outros.

Os recursos de apoio ao programa são oriundos do governo do Estado através do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper), convênios com o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e prefeituras.

Segundo o assessor técnico do DPAQUI, Maycon Schubert, as ações do programa estão conduzindo a elaboração de uma minuta de projeto de lei ordinária para o setor pesqueiro do Estado, assim como a instalação do Conselho Estadual do Desenvolvimento da Pesca. Schubert esclarece que o cadastro para acesso ao programa deve ser feito através da Emater/RS-Ascar, conforme a demanda dos produtores, que pode ser individual ou coletiva. A partir disso, será verificada a disponibilidade orçamentária. O assessor destaca que para acessar o programa, é preciso ser agricultor familiar.