Apicultura

Agrodefesa reforça importância do cadastro de criadores de abelhas em Goiás

Cadastro obrigatório fortalece sanidade apícola e garante qualidade da produção no estado


Publicado em: 02/10/2025 às 10:20hs

Agrodefesa reforça importância do cadastro de criadores de abelhas em Goiás

No dia 3 de outubro, quando se celebra o Dia Nacional da Abelha, a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) reforçou a importância do cadastro de apiários no estado. A medida, prevista na Instrução Normativa nº 11/2018, é essencial para o mapeamento da apicultura e da meliponicultura em Goiás, contribuindo para a defesa agropecuária, prevenção de doenças e fortalecimento da cadeia produtiva do mel.

Cadastro pelo Sidago facilita controle e fiscalização

Todos os estabelecimentos rurais goianos que mantêm animais sujeitos à fiscalização da Agrodefesa devem estar cadastrados.

Segundo o presidente da Agência, José Ricardo Caixeta Ramos, o registro é o principal instrumento para integrar produtores ao Programa Estadual de Sanidade de Abelhas (PESAb).

“É por meio desse levantamento que conseguimos planejar e executar ações de defesa agropecuária, assegurando a sanidade das abelhas e a qualidade dos produtos goianos”, destacou.

O processo pode ser feito durante todo o ano, mediante preenchimento da ficha de cadastro disponível no site da Agrodefesa. Após reunir a documentação exigida, o apicultor pode optar por enviar as informações diretamente no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago) ou procurar uma unidade da Agência mais próxima.

Inspeção em toda a cadeia do mel

De acordo com o gerente de Inspeção da Agrodefesa, Paulo Viana, a fiscalização acompanha todas as etapas da cadeia produtiva.

“Desde a matéria-prima até o produto final, passando por indústrias e entrepostos que recebem, classificam, beneficiam, rotulam e armazenam o mel e seus derivados, todo o processo é inspecionado”, explicou.

O cadastro também funciona como primeira medida preventiva contra perdas e doenças. A Agência orienta ainda que os produtores:

  • realizem o transporte de colmeias apenas com Guia de Trânsito Animal (GTA);
  • não utilizem antibióticos não autorizados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa);
  • notifiquem imediatamente qualquer suspeita de enfermidades.
Doenças de notificação obrigatória

A gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Denise Caroline Toledo, alerta que apicultores e meliponicultores devem estar atentos a sinais como morte repentina de abelhas, dificuldade de voo e presença de cascas secas nas colmeias.

Atualmente, nove doenças exigem notificação obrigatória:

  • Cria Pútrida Americana
  • Cria Pútrida Europeia
  • Cria Giz
  • Cria Ensacada
  • Varroose
  • Nosemose
  • Acariose
  • Tropilaelapsose
  • Infestação por Escaravelho das Colmeias (Aethina tumida – Aethinose)

Outros sinais de alerta incluem ácaros visíveis no tórax das abelhas, fezes dentro das colmeias e infestação por besouros.

Como notificar suspeitas

As notificações podem ser feitas pelos canais oficiais da Agência:

Plataforma e-SISBRAVET, disponível no site da Agrodefesa

Após a comunicação, equipes técnicas orientam o produtor sobre as medidas adequadas para evitar a propagação das doenças.

Fonte: Portal do Agronegócio

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