Venda externa de café rende menos apesar de aumento no volume

A receita sofreu queda apesar do maior volume embarcado no período. Foram exportados quase 28,3 milhões de sacas, volume 11,4% maior em relação ao mesmo período de 2012, quando o País exportou mais de 25,4 milhões sacas


Publicado em: 11/12/2013 às 11:45hs

Venda externa de café rende menos apesar de aumento no volume

As exportações de café renderam, entre janeiro e novembro, US$ 4,733 bilhões, queda de 17,9% com relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Balanço das Exportações divulgado ontem pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé). A receita sofreu queda apesar do maior volume embarcado no período. Foram exportados quase 28,3 milhões de sacas, volume 11,4% maior em relação ao mesmo período de 2012, quando o País exportou mais de 25,4 milhões sacas.

Desde 2012, o preço médio da saca variou 32,3%, uma queda de US$ 67,57.

Considerando a qualidade do café, o levantamento mostra que de janeiro a novembro de 2013 a variedade arábica respondeu por 84,9% das vendas do país, o solúvel por 10,7%, o robusta, por 4,3%, e o conjunto torrado e moído por 0,1% das exportações. Os cafés diferenciados (arábica e conilon) tiveram participação de 15,9% nas exportações em termos de volume e de 19,7% na receita cambial durante esses meses.

Os embarques de café acumulados até novembro deste ano foram realizados em grande parte pelo porto de Santos, que escoou 75,7% do produto exportado (21.406.954 sacas), pelos portos do Rio de Janeiro, que embarcaram 17,5% do total (4.954.932 sacas), e pelo Porto de Vitória, de onde saiu 1,8% do total (500.728 sacas).

Destinos

O relatório aponta também que a Europa foi o principal mercado importador nos onze meses de 2013 meses, respondendo pela compra de 54% do total embarcado do produto brasileiro, enquanto a América do Norte respondeu pela importação de 22% do total de sacas exportadas, a Ásia por 17% e a América do Sul por 3%.

As exportações brasileiras para os chamados países importadores tradicionais tiveram um aumento de 11,7% nesse mesmo período. O Brasil também registrou crescimento de 18,3% nas exportações para os países importadores emergentes, considerando a mesma base comparativa.

Já os embarques do produto para os países produtores apresentaram uma queda de 25,6% em relação ao período anterior, passando de 903,9 mil sacas para 672,7 mil sacas de café.

A lista de países importadores de janeiro a novembro foi liderada pelos Estados Unidos, com 5,6 milhões de sacas adquiridas (20% do total exportado), seguido pela Alemanha, com quase 5 milhões de sacas (18% do total). A Itália ocupou a terceira colocação, importando 2,4 milhões de sacas do produto brasileiro (9% do total). Em quarto lugar ficou o Japão, com 2,3 milhões de sacas (8% do total). A Bélgica, por sua vez, ocupou a quinta posição, com 1,8 milhão de sacas (6% do total), de acordo com o balanço.

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