RS deverá crescer mais do que país

O crescimento da economia gaúcha, neste ano, deve ser superior ao da brasileira. Isso se deve à importância do agronegócio no Estado, explica Fernando Ferrari Filho, professor de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).


Publicado em: 05/12/2013 às 14:10hs

RS deverá crescer mais do que país

Os dados oficiais do Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho do terceiro trimestre serão anunciados no dia 10, pela Fundação de Economia e Estatística (FEE).

Ferrari lembra que as exportações gaúchas avançam alicerçadas em insumos como a soja, e o setor agrícola no Estado teve desempenho melhor do que o verificado em nível nacional. Para o também professor de economia da UFRGS Marcelo Portugal, esse crescimento, porém, é irregular e baseado em um ano de 2012 muito ruim.

- O PIB gaúcho deve crescer quase três vezes mais do que o nacional, mas isso é centrado na sorte, em São Pedro. São Pedro foi muito malvado no ano passado e muito bonzinho em 2013. O Rio Grande do Sul vai colher quase 29 milhões de toneladas de grãos este ano. No ano passado, foram 21 milhões, só que em 2011 também foram quase 29 milhões. Do muito ruim para o normal, o crescimento é bom. Mas, no ano que vem, devemos voltar para a mediocridade - avalia.

Cenário mais favorável à exportação em 2014

Depois de subir 6,4% de abril a junho, regada pela venda da soja, a economia gaúcha pode ter encolhido 6,7% de julho a setembro, conforme prévia do Banco Central para o Rio Grande do Sul. Usando outra base de comparação (terceiro trimestre de 2013 em relação a igual período de 2012), estima-se que o Estado cresceu 3,3%, após disparar 15% no segundo trimestre.

Conforme Alexandre Englert Barbosa, economista-chefe do Banco Sicredi, uma eventual queda mais brusca no terceiro trimestre não deverá servir de termômetro para os períodos seguintes:

- A comparação será sobre uma base muito alta, então é de se esperar um resultado negativo. Já temos um cenário mais favorável à indústria exportadora, em razão do dólar, e isso se refletirá na economia ao longo do próximo ano.

Fonte: Zero Hora

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