Embora o volume embarcado tenha crescido perto de 3% e superado os três milhões de toneladas, a receita cambial das carnes no primeiro semestre de 2014 manteve-se praticamente estável em relação ao mesmo período de 2013, já que apresentou incremento de apenas 0,3%.

Isso se deve, fundamentalmente, ao desempenho da carne de frango, principal contribuinte das exportações de carnes. E isso ocorreu porque, a despeito da manutenção do volume embarcado (aumento de 0,6%), o preço médio da carne de frango in natura apresentou substancial redução (queda de 11,5%), fazendo com que a receita cambial do produto recuasse 9,2%.

É verdade que, em valores relativos, o recuo da receita cambial da carne de peru foi bem mais significativo, de 25,5%. Mas como o produto tem pequena participação nas exportações de carnes, a perda foi menor (redução de US$57 milhões em relação ao primeiro semestre de 2013). Já no caso da carne de frango a redução significou um faturamento US$380 milhões menor.

Em função dessa redução, a participação da carne de frango no total geral apontado pelo Ministério da Agricultura recuou de 50,3% no primeiro semestre do ano passado para 45,6% no mesmo período de 2014.