Preços aos produtores dão sinal de recuperação

O agronegócio mineiro mostrou sinais de recuperação no mês de agosto. A variação do IPR (Índice de Preços Pagos aos Produtores) foi de 3,38%, primeiro mês de valorização desde março


Publicado em: 25/09/2014 às 17:50hs

Preços aos produtores dão sinal de recuperação

O agronegócio mineiro mostrou sinais de recuperação no mês de agosto. A variação do IPR (Índice de Preços Pagos aos Produtores) foi de 3,38%, primeiro mês de valorização desde março. Produtos como café, abacaxi, leite, frango e suínos apresentaram melhor preço ao produtor em MG. Já a batata e o feijão sofreram as principais desvalorizações no acompanhamento.

Outra publicação do Sistema FAEMG é o VBP (Valor Bruto do produto), que encerrou o período com queda de 2,3%, apesar de a pecuária ter apresentado crescimento de 1,4%. No caso da agricultura, produtos como o milho, soja e o feijão contribuíram para o resultado negativo, pela depreciação dos preços desses produtos. Enquanto na pecuária, a valorização do boi gordo foi fundamental para a sustentação do crescimento.

IPR

Apesar da ligeira queda do VBP, os preços pagos aos produtores mineiros em agosto tiveram aumento de 3,38%. Assim, o valor acumulado subiu para 13,37% nos oito primeiros meses de 2014 e 11,38% com relação ao ano passado.

De acordo com a coordenadora da assessoria técnica da FAEMG, Aline Veloso, o balanço positivo observado no IPR tem alguns fatores, como a voltas às aulas. “O consumo de alimentos foi impulsionado pelo retorno das aulas escolares e também cresce com a alimentação fora de casa. Produtos como carnes, frutas e laticínios tiveram procura maior pelos consumidores”.

VBP

O abacaxi e o café tiveram contribuição destacada para o agronegócio mineiro em agosto. Mesmo com a queda da produção devido a seca e ao término da colheita, o valor da saca de 60kg do café teve um reajuste de 10,8% com relação ao ano passado. Já o abacaxi teve crescimento de 84%, impulsionado pela maior procura por parte do consumidor, uma vez que a qualidade da fruta aumentou.

Ainda de acordo com Aline Veloso, a queda no VBP mineiro também reflete os problemas enfrentados com a estiagem atípica ocorrida no primeiro trimestre, e as expectativas em relação a uma elevada produção mundial de grãos: "A produção agropecuária em Minas sofreu perdas principalmente provocadas pela seca, mas foi a produção de outros estados e a previsão de uma produção mundial alta, que fizeram com que os preços de milho e soja diminuíssem. Esses fatos também impactam na composição do VBP estadual. Outros produtos, como é o caso do café, foram prejudicados pela estiagem, diminuindo a sua oferta e por isso tiveram o seu preço aumentado", avalia.

 

Fonte: Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais - FAEMG

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