A pesquisa Focus apontou ontem para um crescimento de 0,7% - há um mês, a previsão 1 era de 0,9%. A contínua redução das previsões piorou na semana em que IBGE deve revelar um resultado negativo para o PIB do terceiro trimestre do ano.

Para 2015, há uma expectativa de melhora no PIB em relação a 2014, com uma projeção de alta de 1,2%. Um mês atrás esperava-se variação de 1,5%.

Indústria. Não há dúvidas entre os participantes da pesquisa de que é a indústria a principal vilã dos números baixos. Nesta semana, porém, a perspectiva para o setor continuou ruim, mas inalterada em uma retração de 1,76%.

A equipe da Sul América Investimentos destacou que as informações sobre o PIB ganham especial relevância neste momento em que a maioria dos indicadores de atividade econômica aponta para um quadro de desaceleração no Brasil.

Inflação. Na inflação, ainda que as previsões para os índices do atacado, como IGP-M (3,87%) e IGP-DI (3,63%),continuem em trajetória declinante, os indicadores que medem as altas para o consumidor voltaram a subir.

A projeção para o IPCA, o índice oficial de inflação, subiu para 6,27% este ano e para 6,28% em 2015. Daqui a 12 meses, o IPCA deverá estar mais alto - em 6,24% - do que o grupo esperava na semana passada.

Para os preços administrados, que vêm sendo um dos principais vilões da inflação neste ano e devem continuar em 2015, as projeções de inflação subiram em 0,05 ponto porcentual para este ano, a 5,10%, e continuaram em 7,0% para 201$.

No caso do IPC da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que serve como termômetro dos preços de São Paulo, também houve elevação em relação ao levantamento anterior, com o índice subindo de 5,38% para 541% em 2014.

Juros

Junto com o ajuste das previsões para cima para a inflação ao consumidor, a pesquisa Focus mostrou uma elevação para a Selic do ano que vem.

A mediana das projeções voltou para o patamar de 12% ao ano, apresentado há duas semanas - na anterior, foi vista uma redução para 11,75% ao ano Hoje, a taxa de juros está em n%e o Banco Central definirá o rumo da Selic na quarta-feira da semana que vem.

Para os economistas consultados, o início do ciclo de aperto monetário será em março que vem, com alta de 0,50 ponto porcentual.