Publicado em: 19/11/2014 às 17:40hs
O consultor Alexandre Mendonça de Barros, da MB Agro, manifestou hoje preocupação com a demora na aprovação de novas tecnologias para a produção agrícola brasileira, em referência a sementes e também a agroquímicos. "Estamos demorando muito para aprovar novas tecnologias. É uma molécula nova por ano e leva de 7 a 11 anos para aprovar qualquer registro", disse ele em evento da Sociedade Rural Brasileira (SRB) nesta terça-feira (18/11), em São Paulo.
Ele criticou o excesso de burocracia das instituições brasileiras, lembrando que os processos tramitam em diversos órgãos, incluindo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Ministério da Agricultura. Mendonça de Barros afirmou que tecnologia é a essência do modelo de agronegócio brasileiro, que permitiu ganhos de produtividade nos últimos anos. Ele lamentou, no entanto, que além da demora na aprovação de novas tecnologias, o efeito está se perdendo muito rápido. "Estamos aprovando tecnologia e perdendo-a em dois anos por falta da regulamentação de refúgio", alertou.
As áreas de refúgio são os espaços de plantio convencional, que ficam ao lado de outro transgênico. A prática é uma forma de proteger a eficácia das tecnologias. Mendonça de Barros reforçou sua crítica em relação à centralização das decisões no governo federal. "Se não passar por uma pessoa na Casa Civil, não aprova nada. Inclusive um agroquímico", reforçou.
Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO
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