Publicado em: 24/06/2015 às 09:10hs
Esse foi o lema das cerca de 400 pessoas de 25 estados que participaram da oitava edição do Simpósio Brasileiro de Bananicultura (Sibanana) e da 1ª Feira de Fruticultura do Norte de Minas (Frutinorte), em Montes Claros. Durante os eventos, especialistas apresentaram os sistemas eficientes de irrigação dos bananais, controles de importantes doenças da cultura, como o mal do Panamá e as sigatokas, entre outros temas de relevância para a produção. “É um setor ávido por conhecimento, que a cada encontro traz mais informações para o desenvolvimento da cultura e mais qualidade para a fruta produzida no Brasil, que pode ser expandida para o mercado europeu, a partir das tecnologias que estão sendo desenvolvidas pela pesquisa em rede”, conclui a coordenadora da oitava edição do Sibanana, Maria Geralda Vilela Rodrigues, que é pesquisadora da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).
De acordo com Victor Gálan Saúco, das Ilhas Canárias, na Espanha, que ministrou palestra sobre produção em campos protegidos, o evento proporcionou importante troca de conhecimento. “Em meu país, o clima é subtropical. Eu trouxe informações de como o cultivo cresce nesse ambiente distinto e também o cultivo da fruta em estufa. Levo daqui conhecimento sobre o crescimento da planta, as técnicas de cultivo em áreas secas, com o desafio do controle de enfermidades, como o mal do Panamá, que é frequente na região do semiárido”, analisa.
Segundo o coordenador técnico estadual de Fruticultura da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Deny Sanábio, esses conhecimentos serão disseminados nas unidades da Emater. “O cultivo da banana é expressivo no estado. O Norte de Minas está em primeiro lugar, o Sul, em segundo, fora a Região Central do estado, que está avançando na plantação dessa fruta. Um evento desse porte contribui, significativamente, para troca de experiências, por exemplo, sobre o trichoderma, fungo de solo benéfico para fortalecer o cultivo e pouco utilizado pelos produtores, um manejo de baixo custo e que privilegia a linha agroecológica”, destaca.
Novidades Aprovadas
O bananicultor Rodolpho Veloso Rebello, que cultiva a fruta em uma área de 160 hectares, em Pedras de Maria da Cruz, destaca o alto grau de conhecimento. “O evento apresentou novidades na área de cultivo e manejo, que levarei para o dia a dia da minha produção. A Frutinorte, com produtos para cultivo, com tecnologia de porte, também foi um diferencial”, afirma.
Para o pesquisador aposentado do Instituto Agronômico de Campinas, Raul Moreira, que pesquisa banana desde o início da década de 1960, o setor tem interesse, tecnologia, boas áreas de produção e mercado. “Existem diversas variedades comerciais dos grupos prata, nanica, terra e ouro para atender o gosto do consumidor. As bananas do tipo prata são as mais comercializadas, mas a melhor que existe é aquela madura na mão da gente.” Raul foi homenageado nesta edição do evento.
Fonte: Estado de Minas
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