Publicado em: 27/01/2020 às 07:00hs
O assunto que ganhou destaque na mídia nos últimos dias tem preocupado a população.
O professor do Departamento de Química (DQI) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Sérgio Scherrer Thomasi explica que o uso do monoetilenoglicol e do dietilenoglicol na indústria é uma prática comum. “São essas substâncias que vão impedir o congelamento da água que circula na serpentina durante o processo de resfriamento do líquido em questão. Com a adição de monoetilenoglicol ou dietilenoglicol, a água permanece em estado líquido a -5 ºC, mas essa água de resfriamento com anticongelante não deve entrar em contato com a cerveja”, ressalta.
Quando uma pessoa é intoxicada com o monoetilenoglicol ou dietilenoglicol, o volume de substância ingerida é determinante para agravar o caso, conforme explica o pesquisador: “para levar ao óbito, por exemplo, a pessoa precisa ter ingerido de 10 a 20 gramas de dietilenoglicol e mais ainda se for o monoetilenoglicol”.
Uma alternativa para a indústria, apontada pelo pesquisador, é substituir essas substâncias pelo trietilenoglicol, também chamado de triglicol, que possui a mesma finalidade. “Esse composto é muito caro, cerca de cinco vezes mais do que o dietilenoglicol, o que poderia elevar o preço do produto final, contudo, o trietilenoglicol tem a vantagem de não ser tóxico e realizar o mesmo processo de resfriamento”.
Fonte: UFLA
◄ Leia outras notícias