Soja

Soja trabalha em alta nesta 5ª feira aguardando o novo boletim mensal do USDA

O mercado corrige parte das baixas observadas na sessão anterior e, por volta de 7h30 (horário de Brasília), subia pouco mais de 7 pontos nos principais contratos


Publicado em: 12/09/2019 às 10:35hs

Soja trabalha em alta nesta 5ª feira aguardando o novo boletim mensal do USDA

À espera dos novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o mercado da soja trabalha em campo positivo na Bolsa de Chicago na manhã desta quinta-feira (12). O mercado corrige parte das baixas observadas na sessão anterior e, por volta de 7h30 (horário de Brasília), subia pouco mais de 7 pontos nos principais contratos.

Assim, o novembro tinha US$ 8,73 por bushel, enquanto o março/20, referência para a safra do Brasil, retomava o patamar dos US$ 9,00 por bushel e era cotado a US$ 9,01.

O mercado aguarda pelo novo relatório mensal de oferta e demanda que chega às 13h (Brasília), e as expectativas indicam uma redução da safra norte-americana de soja, com baixas de produtividade e também um ajuste dos estoques finais da nova temporada.

Ainda assim, os traders temem que um relatório muito fora disso possa provocar baixas intensas nas cotações. Para Jack Scoville, diretor da Price Futures Group, uma boletim diferente deste que mostram as expectativas poderiam trazer perdas de até 30 pontos para a commodity na CBOT.

Nesta quinta-feira também, o mercado segue atento às vendas semanais para exportação dos EUA, que chegam pelo USDA, como a possibilidade de a China ter se mostrado mais presente no mercado americano na última semana.

As expectativas para a oleaginosa são algo entre 550 mil e 1,150,0 milhão de toneladas. Para o farelo, de 125 a 325 mil tonelada se para o óleo, de 5 mil a 35 mil toneladas.

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Soja fecha em queda em Chicago nesta 5ª e ajuda a pressionar cotações no Brasil

O mercado da soja fechou em baixa na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira (11) à espera do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O mercado procurou um reajuste antes da chegada dos novos números, mas ainda temendo uma nova onda de baixas.

Os contratos mais negociados terminaram o dia perdendo pouco mais de 5 pontos, com o novembro valendo US$ 8,66 por bushel, e o março/20, referência para a nova safra do Brasil, sendo cotado a US$ 8,94.

"Um relatório diferente de uma redução de oferta esperada pelo mercado pode promover recuos de até 30 pontos na soja", explicou o diretor da Price Futures Group, Jack Scoville, em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta quarta. No entanto, acredita que na sequência os preços podem se recuperar.

Para a produção norte-americana de soja, as expectativas do mercado variam de 95,23 a 101,92 milhões de toneladas, com média de 97,87 milhões. Em agosto, o USDA estimou a safra em 100,15 milhões de toneladas. Na temporada anterior, a colheita de soja foi de 123,67 milhões de toneladas.

A produtividade da oleaginosa tem média estimada de 52,9 sacas por hectare, dentro de um intervalo de 51,55 e 54,91 sacas por hectare. Há um mês, o rendimento da soja foi estimado em 54,35 scs/ha.

E os números da produtividade neste boletim deverão ser os mais esperados e acompanhados pelos traders, com o mercado sabendo que as lavouras norte-americanas enfrentarão ainda algumas dificuldades para sua conclusão até que a colheita ganhe cada vez mais corpo.

Paralelamente, as atenções se voltam também, com mais força, para a guerra comercial China x EUA. Ontem, foi sinalizada uma intenção dos chineses de comprarem alguns produtos chineses mesmo durante o conflito, indicando alguma boa intenção para o acordo. E nesta quarta, a notícia é de que a nação asiática já insentou 16 produtos dos EUA de tarifas retaliatórias.

De acordo com um comunicado do Ministério das Finanças, estão entre os produtos ingredientes de ração animal, soro de leite e farinha de peixe. E o presidente americano Donald Trump considerou essa uma atitude correta por parte dos chineses.

PREÇOS NO BRASIL

No Brasil, a maior parte das praças de comercialização mantiveram seus preços estáveis , à exceção de Matp Grosso, onde as referências caíram pouco mais de 1%, mas ainda seguem acima dos R$ 70,00 por saca.

Nos portos, os preços também cederam nesta quarta-feira. Não só as baixas em Chicago, mas também as perdas do dólar frente ao real ajudaram a pressionar os indicativos.

Em Paranaguá, R$ 85,00 no disponível e R$ 85,50 para o mês seguinte, com perdas de 1,73% e 1,72%. Já em Rio Grande, R$ 85,50 e R$ 86,00 por saca, respectivamente, recuando 1,72% e 1,71%.

Fonte: Notícias Agrícolas

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