Soja

Soja trabalha com leves altas nesta 2ª feira e mercado se foca no clima no Corn Belt

Por volta de 7h45 (horário de Brasília), as cotações subiam pouco mais de 3 pontos, com o maio sendo cotado a US$ 8,98 e o agosto, US$ 9,17 por bushel neste início de semana


Publicado em: 15/04/2019 às 10:15hs

Soja trabalha com leves altas nesta 2ª feira e mercado se foca no clima no Corn Belt

Os futuros da soja trabalham com leves altas nesta manhã de segunda-feira (15). Por volta de 7h45 (horário de Brasília), as cotações subiam pouco mais de 3 pontos, com o maio sendo cotado a US$ 8,98 e o agosto, US$ 9,17 por bushel neste início de semana.

Embora com tímidas variações, o mercado tem uma leve reação depois da estabilidade da última sexta-feira (12), e segundo analistas internacionais, se foca cada vez mais nas condições de clima dos EUA.

"E o mercado irá continuar se focando no clima nesta semana diante de previsões um pouco mais alongadas mostrando ainda significativas chuvas no Meio-Oeste nos próximos dias", como explicam os analistas da consultoria internacional Allendale, Inc.

Além disso, os traders estão alertas também diante do comportamento dos fundos, que poderiam rever parte de suas posições vendidas diante das adversidades registradas no Meio-Oeste americano.

No cenário China x EUA, as novidades também são poucas, com as discussões ainda em curso. Segundo o Secretário do Tesouro norte-americano, Steve Mnuchin disse às agências internacionais que "estão chegando à rodada final destes problemas", com a China concordando com alguns pontos-chave do acordo.

Veja como fechou o mercado na última sexta-feira:

Soja fecha estável em Chicago, mas preços sobem no BR motivados pelo dólar

O mercado internacional da soja fechou a sessão desta sexta-feira (12) no clássico zero a zero na Bolsa de Chicago. Com uma série de incertezas ainda rondando o mercado, mas com a especulação desgastada, os preços da oleginosa terminaram a semana sem variações, ou com pequenas oscilações, nos principais contratos.

O vencimento maio fechou com US$ 8,95 por bushel, estável, enquanto o agosto recuou tímido 0,25 ponto para terminar os negócios com US$ 9,14.

Enquanto isso, no Brasil, as cotações subiram motivadas pelo dólar nesta sexta. A moeda americana terminou o dia com 0,83% de alta e valendo R$ 3,8892. A divisa registrou seu mais alto patamar em duas semanas.

O câmbio tem sido o principal diferencial para a formação dos preços no Brasil, porém, os negócios têm se mantido lentos com os produtores retraídos frente aos atuais níveis de preços. Nos portos, as referências permanecem no intervalo de R$ 76,00 a R$ 77,00 por saca.

Nesta sexta, o spot fechou com R$ 76,50 em Paranaguá, subindo 0,66%, e com R$ 75,80 no porto de Rio Grande, com alta de 0,40%. Para maio, R$ 77,00 e R$ 76,40, com ganhos de 0,26% e 0,53%. No terminal de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, alta também de 0,66% para R$ 76,50.

No interior, os indicativos também subiram, mesmo que não de forma generalizada. Alguns destaques foram Rondonópolis/MT, que subiu 0,72% para R$ 69,50, e São Gabriel do Oeste/MS, onde o ganho foi de 0,78% para R$ 64,50 por saca.

Bolsa de Chicago

Os traders permanecem dividindo suas atenções entre a questão da guerra comercial - que ainda é o principal fator de atenção, mesmo sem grandes novidades sendo informadas nas últimas semanas - e o cenário climático no Meio-Oeste americano.

Além disso, permanecem na defensiva, principalmente em função da posição vendida recorde dos fundos investidores.

A volatilidade para o mercado de grãos na Bolsa de Chicago conhecida por chegar com as informações de clima no Corn Belt parece ainda não ter aparecido este ano. Mesmo com tantas adversidades já no cenário, os futuros da soja e do milho têm mostrado uma forte resistência em reagir a elas por chegarem em um ano atípico para o mercado e, principalmente, para o comércio de grãos nos Estados Unidos.

Já são mais de 13 meses de um mercado apático, desgastado pela especulação e com produtores tão preocupados como talvez jamais estiveram. E essas incertezas e indefinições que rondam os produtores americanos também cercam a evolução dos preços.

De fato, as condições de clima para o início da nova safra de grãos dos Estados Unidos estão longe das ideais e preocupam. Entretanto, o cenário em que esta nova temporada começa a chegar pode preocupar ainda mais.

Fonte: Notícias Agrícolas

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