Soja

Soja testa leves altas na Bolsa de Chicago nesta 5ª feira após baixas intensas

Nesta quinta-feira (15), o mercado da soja trabalha com leves altas na Bolsa de Chicago que, por volta de 7h40 (horário de Brasília), eram de 2 pontos nos principais de contratos


Publicado em: 15/08/2019 às 11:10hs

Soja testa leves altas na Bolsa de Chicago nesta 5ª feira após baixas intensas

Nesta quinta-feira (15), o mercado da soja trabalha com leves altas na Bolsa de Chicago que, por volta de 7h40 (horário de Brasília), eram de 2 pontos nos principais de contratos. O novembro/19, posição mais negociada neste momento, tinha US$ 8,80 por bushel. O março/20 já operava acima dos US$ 9,00 e era negociado a US$ 9,05.

O mercado encontra espaço para estes ligeiros ganhos depois das perdas de mais de 10 pontos da sessão anterior, quando as cotações reagiram a um dia de intensa avesão ao risco no exterior. As commodities caíram de maneira generalizada e as agrícolas recuaram mais de 1%.

Apesar de fundamentos positivos do lado da oferta norte-americana, alguns outros fatores como a Peste Suína Africana na China, a continuidade da guerra comercial e a tensão que ainda ronda o mercado financeiro internacional mantêm os traders atuando com cautela.

"O fator milho, a queda na demanda com a gripe suína e as incertezas provocadas pelo próprio EUA na guerra comercial com a China deixam traders na defensiva apesar da safra americana menor", afirma o consultor da Cerealpar e da Agro Culte, Steve Cachia.

Em algumas análises, a alta forte do dólar também aparece como um fator de pressão sobre os preços da oleaginosa.

"O mercado interno, por outro lado, se firmou com o dólar pulando acima da marca de R$ 4,00 e prêmios mais firmes devido a crise na Argentina, que pode levar o produtor do país vizinho a adiar a comercialização. Com isso, sobra apenas o Brasil como grande fornecedor de soja para a China", complementa Cachia.

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Soja sobe mais de 1% nos portos do BR nesta 4ª feira e dia é de fortes negócios

Os preços da soja subiram mais de 1% nos portos do Brasil nesta quarta-feira (14) e o dia foi de bons negócios no mercado nacional. As cotações subiram em Paranaguá e Rio Grande entre 1,18% e 1,80% com os indicativos variando de R$ 83,60 a R$ 85,50 por saca. Nos terminais de Santa Catarina, a referência já chegou aos R$ 86,00.

A alta forte do dólar foi o principal combustível para o avanço das cotações, uma vez que a moeda americana chegou a seu mais elevado patamar desde março, segundo a agência de notícias Reuters, e ficou acima dos R$ 4,00. O ganho foi de 1,86%.

"A causa é externa, com uma 'ajuda' da Argentina", disse Thiago Silencio, operador de câmbio da CM Capital Markets, à Reuters, citando a turbulência no mercado vizinho. "Mas, diferentemente de altas recentes do dólar, o movimento está ocorrendo sem pressão na liquidez, e isso indica que o Banco Central deve se manter afastado por enquanto", ponderou.

Já no interior do país, depois de dias consecutivos de boas altas, os preços se mantiveram estáveis, com altas apenas pontuais. Os indicativos de preços ainda trabalham no intervalo de R$ 67,00 a R$ 82,00 por saca entre as principais praças de comercialização.

BOLSA DE CHICAGO

E foi essa alta no câmbio que anulou parte da pressão trazida pelas baixas fortes registradas entre os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago. Os preços encerraram o dia perdendo mais de 10 pontos em um dia de intensa aversão ao risco no cenário externo. Entenda como foi o dia:

Assim, o novembro encerrou o pregão sendo cotado a US$ 8,78 por bushel. E este é o contrato mais negociado neste momento, além de ser a referência para a nova safra norte-americana.

O mercado internacional busca agora redefinir seu caminho. Depois da divulgação dos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), os traders seguem acompanhando de perto o desenvolvimento da nova safra do país para entender se os dados serão confirmados efetivamente.

Mais do que isso, o mercado se atenta também aos dados de área, aos números do Prevent Plant e à percepção dos produtores norte-americanos diante da produção de soja e milho.

Ao mesmo tempo, atenção redobrada às questões ligadas à guerra comercial entre China e Estados Unidos. O presidente Donald Trump adiou as novas tarifas sobre produtos chineses de setembro para dezembro, o que animou o mercado e o que provoca especulações de que a China poderia sinalizar um novo gesto de boa vontade, talvez até mesmo com algumas compras de produtos agrícolas dos EUA.

E com a proximidade do início da nova safra da América do Sul, atenção também à crise na Argentina, segundo explicam analistas e consultores de mercado.

Fonte: Notícias Agrícolas

◄ Leia outras notícias