Soja

Soja segue caminhando de lado na Bolsa de Chicago nesta 4ª feira de olho na guerra comercial

As cotações trabalhavam, por volta de 7h40 (horário de Brasília) desta quarta-feira (20) com leves baixas, as quais variavam entre 1 e 2,25 pontos


Publicado em: 20/03/2019 às 11:10hs

Soja segue caminhando de lado na Bolsa de Chicago nesta 4ª feira de olho na guerra comercial

A estabilidade no mercado internacional da soja continua. As cotações trabalhavam, por volta de 7h40 (horário de Brasília) desta quarta-feira (20) com leves baixas, as quais variavam entre 1 e 2,25 pontos. Assim, o maio valia US$ 9,01, enquanto o agosto era negociadoa a US$ 9,22 por bushel.

O mercado e os traders seguem cautelosos e na defensiva à espera de novidades sobre a disputa comercial entre China e Estados Unidos. Até que uma decisão efetiva seja tomada, a lateralização dos futuros da commodity continua.

"Os traders esperam para ver o que virá das negociações, equanto têm um olho nas previsões climáticas para o Meio-Oeste, que está extremamente úmido ao passo em que o plantio está se aproximando", explicam os analistas da consultoria internacional Allendale, Inc.

As atenções, todavia, estão voltadas também para a agressiva e recorde posição vendida que os fundos carregam não só na soja, mas nos grãos de uma forma geral. E qualquer notícia mais consistente poderia provocar uma mudança do sentido de suas operações.

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira e também as últimas informações sobre as enchentes nos EUA:

"Conversas com a China vão bem", diz Trump e soja fecha mais uma vez estável em Chicago

"A China está indo muito bem. As discussões com a China estão indo muito bem", disse o presidente Donald Trump após a coletiva dada ao lado de Jair Bolsonaro nesta tarde de terça-feira (19) em Washington. E é isso que se sabe, até este momento, sobre a guerra comercial China x EUA que segue em andamento.

Diante dessa falta de direção e de novas informações, os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago mais uma vez fecharam com estabilidade. A commodity terminou a sessão com pequenas baixas de pouco mais de 2 pontos entre os principais vencimentos.

Assim, o maio/19 encerrou o dia cotado a US$ 9,03 por bushel, enquanto o agosto/19 foi a US$ 9,23 nesta terça. Ao longo do dia, as cotações até chegaram a testar leves altas, mas não as sustentaram.

Há informações de todos os tipos neste mercado no momento e, embora o nível especulativo esteja bastante elevado, as reações das cotações seguem limitadas, com os traders ainda muito cautelosos.

Os fundos investidores estão carregando uma posição vendida recorde - próxima de 10 a 12 milhões de toneladas - no aguardo de qualquer informação que possa promover uma reversão dessa posição, ou ao menos de parte dela. E enquanto isso não chega, segue a cautela e o caminhar lateralizado das cotações.

Ao lado dessa questão, começam ainda a ser observadas as questões ligadas ao início da nova safra de grãos dos Estados Unidos. Os trabalhos de campo com o miho deverão ser iniciado nas próximas semanas e chuvas intensas chegam ao Meio-Oeste americano nesta semana, causando enchentes bastante severas em importantes regiões produtoras.

O frio intenso continua, as baixas temperaturas - em alguns locais até abaixo de zero em um momento atípico - também permanecem e as previsões indicam mais chuvas para os próximos dias. O Serviço Nacional de Meteorologia afirma ainda que os níveis da água continuarão subindo nesta semana.

"Estamos prevendo inundações de amplo alcance e que podem continuar, pelo menos, até o começo da próxima semana nas Planícies e no Meio-Oeste", diz o meteorologista Marc Chenard, do Weather Prediction Center à Reuters Internacional.

Fonte: Notícias Agrícolas

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