Soja

Soja recua em Chicago nesta 6ª ainda com USDA e guerra comercial China x EUA

Por volta de 8h20 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa perdiam entre 10,25 e 10,75 pontos, com o maio/18 valendo US$ 10,53 por bushel


Publicado em: 09/03/2018 às 10:50hs

Soja recua em Chicago nesta 6ª ainda com USDA e guerra comercial China x EUA

Nesta sexta-feira (9), o mercado da soja trabalha com baixas expressivas na Bolsa de Chicago. Por volta de 8h20 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa perdiam entre 10,25 e 10,75 pontos, com o maio/18 valendo US$ 10,53 por bushel.

Segundo explicam analistas internacionais, o mercado reflete ainda alguns números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) como a redução das exportações e o aumento dos estoques norte-americanos.

Mas também pesam sobre as cotações as notícias do aumento das tarifas dos Estados Unidos sobre as importações de aço e alumínio determinadas pelo presidente Donald Trumpna tarde desta quinta-feira, já que poderá haver retaliações impactando no mercado de commodities agrícolas, principalmente no comécio de soja China x EUA.

Na outra ponta, onde os fundamentos ainda são altistas para o mercado, estão as previsões de continuidade da seca na Argentina. Ontem, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires cortou sua estimativa para 42 milhões de toneladas e indica que novos cortes podem chegar nos próximos dias.

"A seca argentina, já consolidada, colocou grande parte dos bastidores de Chicago já na espera de grande redução nas estimativas para o país", diz a AgResource Mercosul. E os próximos cinco dias ainda mostram poucas chuvas chegando ao país, com volumes que seguem limitados e muito localizados.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Soja: Com números dentro do esperado pelo USDA, mercado fecha com estabilidade em Chicago nesta 5ª

Apesar de um dia cheio de dados, o mercado da soja fechou a sessão desta quinta-feira (8) com estabilidade na Bolsa de Chicago. Os princpais contratos terminaram a sessão com baixas de pouco mais de 1 ponto, com exceção do agosto/18, que subiu 0,25 para ficar em US$ 10,73 por bushel. O maio/18, que é o mais negociado nesse momento, ficou em US$ 10,64.

"O relatório do USDA não trouxe muitas novidades e isso fez com que o mercado não mexesse tanto (...) Ontem até gritou um pouco mais, hoje já não deu tanta importância", explica a analista de mercado Rita de Baco, da De Baco Corretora de Mercadorias.

Entre os destaques, ficaram a leve correção da safra brasileira para 113 milhões de toneladas, contra 112 do mês anterior e, principalmente da Argentina, com 47 milhões de toneladas, enquanto em feverereiro esse número era de 54 milhões.

O número argentino, apesar de menor, ainda é maior se comparado a outras projeções, principalmente as das bolsas de valores do país. Ainda nesta quinta, por exemplo, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires trouxe uma estimativa de 42 milhões de toneladas, podendo trazer novos cortes nos próximos meses.

Ainda tratando dos números do USDA, o mercado recebeu ainda uma nova baixa nas exportações norte-americanas para menos de 57 milhões de toneladas, bem como aumentou as brasileiras de 69 para 70,5 milhões de toneladas. Assim, os estoques finais dos EUA subiram e ficaram em 15,1 milhões de toneladas.

O que trouxe algum suporte às cotações, no entanto, foram também números do USDA, mas os das vendas semanais para exportação dos Estados Unidos, que vieram acima das expectativas do mercado e superando 2 milhões de toneladas.

Na semana encerrada em 1º de março, os EUA venderam 2.509,5 milhões de toneladas de soja da safra 2017/18, enquanto o mercado apostava em algo entre 1 milhão e 1,7 milhão de toneladas. O volume maior, como tradicionalmente acontece, foi adquirido pela china. No acumulado da temporada, o total vendido pelos americanos já chega a 48.005,0 milhões de toneladas, contra pouco mais de 52,9 milhões do ano passado, nesse mesmo período. O USDA espera que as vendas totalizem 57,15 milhões de toneladas.

Da safra 2018/19 foram vendidas 143,9 mil toneladas da oleaginosa.

Preços no Brasil

No Brasil, dia de estabilidade para praticamente todas as praças de comercialização do interior do Brasil, mas de novas altas nos portos. Algumas referências encontraram espaço para subir na retomada do dólar, que voltou a subir nesta quinta-feira.

A moeda americana fechou com seu maior nível em um mês, registrando uma alta de 0,63% e valendo R$ 3,2645.

Em Paranaguá, R$ 79,70 por saca no disponível, caindo 0,99%, mas subindo 0,62% para R$ 81,00 na referência maio/18. Já em Rio Grande, R$ 78,90 e R$ 79,70, respectivamente, com altas de 0,13% e 0,25%.

Fonte: Notícias Agrícolas

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