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Soja: Mercado em Chicago espera USDA e novidades da guerra comercial estável nesta 3ª feira

Nesta terça-feira (11), o mercado da soja mantém sua estabilidade na Bolsa de Chicago e ainda espera por novidades que possam voltar a movimentá-lo


Publicado em: 11/12/2018 às 11:15hs

Soja: Mercado em Chicago espera USDA e novidades da guerra comercial estável nesta 3ª feira

Nesta terça-feira (11), o mercado da soja mantém sua estabilidade na Bolsa de Chicago e ainda espera por novidades que possam voltar a movimentá-lo. As informações mais aguardadas continuam sendo aquelas ligadas aos próximos movimentos de China e Estados Unidos em meio à guerra comercial que travam desde o início deste ano.

Segundo informações da agência de notícias Reuters, os dois países já estariam discutindo sua próxima etapa de negociações, com líderes dos governos em contato para alinhar os detalhes. A Reuters noticiou uma ligação entre o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, e o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, e o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer.

Essa volta das negociações acontece depois de Donald Trump e Xi Jinping firmarem uma trégua de 90 dias na disputa, afim de renegociarem alguns acordos. Nesse período, se especula a volta das compras chinesas de soja nos EUA, porém, o movimento ainda não se confirmou.

Nesse quadro, por volta de 8h05 (horário de Brasília), os preços da soja caíam entre 0,50 e 0,75 ponto, com o janeiro/19 sendo negociado a US$ 9,09 por bushel, e o maio/19, referência para os negócios no Brasil, valendo US$ 9,35.

Além disso, nesta terça-feira, o mercado também se bota mais cauteloso à espera do novo reporte mensal de oferta e demanda que será divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os números atualizados não deverão trazer grandes mudanças, segundo analistas, como tradicionalmente acontece em dezembro, mas sempre causam alguma ansiedade entre os traders.

Para os estoques finais de soja dos EUA, as expectativas do mercado são de 21,83 a 28,11 milhões de toneladas, com média de 25,53 milhões. O número do relatório anterior foi de 25,99 milhões.

Poucas mudanças são esperadas também para as exportações norte-americanas. "Julgando pela média baixa das vendas dos EUA, os analistas não esperam muita alterção na estimativa, o que aumenta o risco de que os preços da soja continuem baste óbvios", diz Todd Hultman, analista de mercado da DTN The Progressive Farmer.

As expectativas para os estoques finais globais também seguem elevadas. O intervalo esperado é de 112 a 114,4 milhões de toneladas, com média de 113,2 milhões e frente as 112,1 milhões do boletim de novembro.

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Soja: Apesar do dólar, Brasil fecha o dia com estabilidade com recuo de Chicago e dos prêmios

O dólar registrou, nesta segunda-feira (10), seu mais elevado patamar desde 2 de outubro, porém, seu impacto sobre os preços da soja foi bastante limitado. As baixas na Bolsa de Chicago e o mercado travado mantiveram a estabilidade das cotações estáveis em quase todo o país, tanto no interior, quanto nos portos.

A soja disponível em Paranaguá fechou estável nos R$ 79,00 por saca, enquanto a safra nova fo a R$ 81,50, com ganho de 0,62%. Em Rio Grande, ganho de 0,61% tanto no spot, quanto para janeiro, e os indicativos ficaram em R$ 82,80 por saca em ambos os casos.

Em algumas praças como Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, apresentaram oscilações mais expressivas. Na cidade baiana, o preço cedeu 3,45% para R$ 70,00 por saca.

A semana começa, mais uma vez, com poucos negócios e o mercado travado no Brasil. Estimativas mostram que o Brasil já tem algo próximo de 35% de sua nova safra comercializada. O número é baixo se comparado a outros anos, porém, Motter explica também que "o produtor brasileiro vendeu bastante a bons patamares". A orientação agora é, portanto, não se desligar destes três fatores, os quais estão bastante sujeitos a uma intensa volatlidade daqui em diante.

Mercado Internacional

Na Bolsa de Chicago, as cotações fecharam o dia perdendo entre 6,75 e 7,75 pontos nos principais vencimentos, com o janeiro/19 terminando o dia em US$ 9,09 por bushel, enquanto o maio/19 ficou em US$ 9,35. A falta de novidades ainda pressiona as cotações na CBOT e o mercado segue buscando definir suas direções.

Esta semana, porém, as atenções dos traders se dividem entre os desdobramentos da guerra comercial e a divulgação do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Para o analista de grãos do portal internacional DTN The Progressive Farmer, Todd Hultman, o boletim não deverá retratar as dificuldades que os produtores norte-americanos tiveram durante a colheita por conta do clima adverso e nem a perda de qualidade de soja e milho que os agricultores vêm amargando.

Para os estoques finais de soja dos EUA, as expectativas do mercado são de 21,83 a 28,11 milhões de toneladas, com média de 25,53 milhões. O número do relatório anterior foi de 25,99 milhões.

Poucas mudanças são esperadas também para as exportações norte-americanas. "Julgando pela média baixa das vendas dos EUA, os analistas não esperam muita alterção na estimativa, o que aumenta o risco de que os preços da soja continuem baste óbvios", diz Hultman.

Os mercados externos parecem ter começado a semana mais nervosos com a necessidade de um acordo entre China e Estados Unidos, ou os chineses verão as tarifas americanas subirem de forma considerável sobre os produtos chineses mais uma vez.

De acordo com informações da Reuters, as negocições "precisam alcançar um acordo até 1º de março ou novas tarifas serão impostas por Washington", afirmou neste domingo o representante comercial norte-americano, Robert Lighthizer. Caso isso seja confirmado, a China promete revidar.

As relações entre os dois países ficaram ainda mais comprometidas depois da prisão, na semana passada, da diretora financeira da gigante chinesa de tecnologia Huawei, Meng Wanzhou, a pedido dos EUA. A nação asiática recebeu a notícia com extremo descontento e articula para que ela seja solta.

Fonte: Notícias Agrícolas

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