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Soja dá início à semana operando com estabilidade nesta 2ª na CBOT e espera por novidades

Os preços da soja seguem atuando com estabilidade na Bolsa de Chicago nesta segunda-feira (22) e, por volta de 8h10 (horário do Brasília), as cotações recuavam entre 0,50 e 1 ponto nos principais vencimentos


Publicado em: 22/10/2018 às 11:10hs

Soja dá início à semana operando com estabilidade nesta 2ª na CBOT e espera por novidades

Os preços da soja seguem atuando com estabilidade na Bolsa de Chicago nesta segunda-feira (22) e, por volta de 8h10 (horário do Brasília), as cotações recuavam entre 0,50 e 1 ponto nos principais vencimentos. O contrato novembro/18 tinha US$ 8,57 e o maio/19, US$ 8,97 por bushel.

Os traders seguem ajustando suas posições e aguardando por novidades fortes que possam direcionar o mercado, mas ainda dividido entre o andamento da colheita nos EUA, o plantio no Brasil e a continuidade da guerra comercial entre chineses e americanos.

O USDA (Departarmento de Agricultura dos Estados Unidos) traz, nesta segunda, seu novo reporte semanal de acompanhamento de safras, atualizando o total de área colhida no país e o mercado já especula sobre os índices. As expectativas apontam para 52%, contra 38% da semana anterior e 68% da média para o período.

Além disso, chegam ainda os números dos embarques semanais de grãos, também atualizados pelo USDA, que poderiam mexer com o andamento dos preços, porém, de forma bem pontual.

Veja como fechou o mercado na última sexta-feira:

Soja: Preços continuam caindo no Brasil, negócios estão travados e momento não é de novas vendas

Os preços da soja fecharam a semana na Bolsa de Chicago, mais uma vez, em campo negativo e acumulando uma baixa de mais de 1% entre suas principais posições. Assim, o novembro/18 foi a US$ 8,57 por bushel, enquanto o maio/19 ficou em US$ 8,97, perdendo o patamar dos US$ 9,00 por bushel uma vez mais.

A melhora do clima nos Estados Unidos, que permitiu uma melhora no ritmo da colheita no Meio-Oeste norte-americano e mais a ausência da China no mercado dos EUA seguiram como a principal combinação de fatores de pressão sobre os preços na CBOT, como explicou o analista de mercado da Agrinvest Commodities, Marcos Araújo.

Somente nesta sexta-feira, os futuros da soja terminaram o dia perdendo entre 6,75 e 7,25 pontos. O mercado intensificou suas baixas depois que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe o anúncio de dois cancelamentos de vendas de soja. Um deles foi de 180 mil toneladas de soja para a China. O volume era referente à temporada 2018/19.

Outro cancelamento também foi informado de 120 mil toneladas para destinos não revelados e também referente à atual temporada. Nesse caso, a origem do lote era opcional.

Os cancelamentos vêm na sequência de um boletim semanal de vendas para exportação trazido pelo USDA com números bem baixos para a soja. Na última semana, foram adicionadas vendas de apenas 290 mil toneladas aos números norte-americanos. No acumulado do ano comercial, o total das vendas do país estão bem abaixo do mesmo período do ano passado.

As informações foram, portanto, suficientes para renovar essa pressão sobre os preços da soja na Bolsa de Chicago e pesarem diretamente no mercado brasileiro, onde teve as quedas intensificadas pela questão cambial.

Preços no Brasil

A moeda norte-americana acumulou uma baixa de 1,70% e registrou sua quinta semana consecutiva de baixas com um otimismo do mercado financeiro sobre a vitória de Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais. O dólar fechou, na sessão desta sexta-feira, valendo R$ 3,71.

Com isso, os preços da soja vêm perdendo força nos portos e em todas as principais regiões produtoras e o movimento travou a comercialização no país. Os negócios estão parados, principalmente, na safra nova.

"O produtor brasileiros, aparentemente, já perdeu o melhor momento, principalmente em função da valorização do real frente ao dólar, que tirou cerca de R$ 10,00 por saca nos preços nos últimos dias", diz Araújo.

Segundo o especialista, o produto da safra 2018/19 chegou a bater nos R$ 88,00 por saca e hoje tem média de R$ 79,00, resultado de uma queda do dólar futuro de R$ 4,20 para R$ 3,78. "Isso significa R$ 600,00 a menos por hectare que o produtor deixou de colocar no bolso", explica.

Nesta semana, a soja nova no porto de Paranaguá acumulou uma queda de 2,44% passando de R$ 82,00 para R$ 80,00 por saca.

Para o produto disponível, apesar dos preços melhores, as baixas também vieram, acompanhando o recuo do câmbio e apesar dos prêmios ainda muito elevados que continuam a ser pagos para a soja brasileira.

Em Paranaguá, queda de 0,55% para R$ 90,50; baixa de 0,66% para R$ 90,40 em Rio Grande e de 0,22% para R$ 92,00 na referência novembro/18. No interior, Itiquira/MT cedeu 3,27% para R$ 74,00 por saca e Ponta Grossa/PR 2,27% para R$ 86,00.

Fonte: Notícias Agrícolas

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