Na visão do executivo, a percepção da necessidade de investimento e de consumo de energias que poluem menos o meio ambiente vai ganhar força. "Diferentemente das crises anteriores, estamos vivendo uma que se iniciou a partir de uma questão de saúde pública. Por isso, a preocupação com energias menos poluentes não vai se arrefecer após a pandemia, pelo contrário", disse em live transmitida pelo Valor Econômico sobre os efeitos da crise do coronavírus na área de combustíveis.

Em um cenário de maior preocupação popular em relação às questões de saúde e de meio ambiente, Mussa acredita que o papel do etanol, que já é muito importante, vai se fortalecer ao final do surto. "As pessoas viram o que é viver em cidades com menos poluentes e vão querer se aproximar ainda mais desse padrão", afirmou na transmissão.

Em meio à essa perspectiva, o executivo elogiou o programa Renovabio, principal projeto do governo de incentivo à produção de biocombustíveis, e lamentou que a crise tenha chegado antes da sua implementação efetiva. Caso já estivesse em vigor, o Renovabio poderia fornecer uma regulação ao mercado, sem a necessidade de intervenção ou de ajuda do governo para o setor sucroalcooleiro, reforçou Mussa. "Este ano já não esperávamos grandes retornos financeiros, isso é mais para o longo prazo. A prioridade agora é proteger o programa para que ele se estabeleça e funcione como o esperado para trazer o benefício da autogestão ao mercado de combustíveis", disse.