Apicultura

Produção de mel de Jataí atrai produtores no Vale do Jequitinhonha

Com uma carga horária de 40 horas/aula, os participantes receberam conhecimentos sobre a meliponicultura


Publicado em: 29/04/2019 às 15:40hs

Produção de mel de Jataí atrai produtores no Vale do Jequitinhonha

“Uma Turma perspicaz com 100% de aprovados” comentou o instrutor Geilson Miranda Gonçalves, que trabalhou durante 5 dias o conteúdo do curso de Criação e Manejo de Abelhas Indígenas sem Ferrão do Sistema Faemg/Senar Minas, na cidade de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha.

Com uma carga horária de 40 horas/aula, os participantes receberam conhecimentos sobre a meliponicultura. Na parte teórica, eles aprenderam sobre biologia e organização social das abelhas indígenas, normas para a prática da meliponicultura e informações dos materiais e equipamentos necessários para a atividade.

Já em campo, os participantes que, segundo Geilson, eram conhecedores da meliponicultura, estudaram a maneira correta de elaborar os ninhos iscas, as estruturas físicas das colônias, localização e instalação e revisão do meliponário, povoamento de colmeias, fortalecimento de colônias, processamento e beneficiamento do mel, armazenamento e identificação dos produtos.

Ainda de acordo com o instrutor, os alunos não dispersaram em nenhum momento durante o treinamento. “Cada um sabia do seu jeito, através de familiares, amigos ou pela internet, mas todos demostraram interesse nas atividades propostas, principalmente no manuseio delicado com as abelhas” ressaltou Geilson.

Segundo o gerente da regional de Araçuaí, Luiz Rodolfo Antunes Quaresma, a demanda pelo curso partiu de uma iniciativa privada que tem como objetivo cooperar no desenvolvimento da região do Vale do Jequitinhonha através do fortalecimento da agricultura familiar. “A proposta que foi apresentada ao Senar Minas é ampliar a comercialização do mel de jataí e garantir aos produtores o escoamento da produção” disse o gerente.

Para Luiz Rodolfo, a produção profissional e racional do mel de jataí aumenta a possibilidade de geração de renda para os produtores. “A meliponicultura é mais acessível. Diferente da criação de abelha melípona, ela pode ser criada para auxiliar na polinização do cultivo já existente nas propriedades. O mel de jataí tem alto valor agregado quando comparado ao mel de apis (abelhas com ferrão) e a jataí é uma espécie muito dócil, o que dispensa alguns equipamentos e ferramentas em seu manuseio” explicou o gerente, ao destacar que a espécie da abelha jataí é nativa na região.

Durante a capacitação, os produtores também receberam noções gerenciais da atividade. Eles aprenderam sobre associativismo, legislação e custo de produção.