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Presidente da Assuvap aborda biossegurança nas granjas e seus impactos na cadeia produtiva

A proposta de erradicação será um grande avanço para toda a cadeia produtiva brasileira, porém devemos fazer a nossa parte e reforçar a prevenção


Publicado em: 22/08/2019 às 07:00hs

Presidente da Assuvap aborda biossegurança nas granjas e seus impactos na cadeia produtiva

“A palestra do médico veterinário, Iuri Machado, realizada durante o Seminário Mercado Globalizado, em junho, na sede da Assuvap, levantou uma questão muito pertinente para nossos negócios: a biossegurança interna e externa nas granjas. O profissional reforçou que manter nossas porteiras fechadas é uma medida essencial para prevenir doenças emergentes na atividade, tais como a Peste Suína Clássica (PSC), que foi notificada no Ceará e Piauí, Estados localizados na ZNL (Zona Não Livre) para a enfermidade.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou o lançamento de um programa que visa a erradicação da PSC nas ZNL (parte do Norte e Nordeste). A proposta de erradicação será um grande avanço para toda a cadeia produtiva brasileira, porém devemos fazer a nossa parte e reforçar a prevenção. A doença tem alto poder de disseminação e cuidados especiais devem ser dados para o transporte de animais para áreas não livres (Alagoas/AL, Ceará/CE, Maranhão/MA, Paraíba/PB, Pernambuco/PE, Piauí/PI, Rio Grande do Norte/RN, Pará/PA, Amapá/AP, Amazonas/AM e Roraima/RR.).

Sabemos que um surto de alguma doença pode resultar em impactos econômicos devastadores para o setor, haja vista o surto de Peste Suína Africana (PSA) na Ásia. O surto da doença fez o maior produtor de suínos do mundo, a China, buscar o produto no mercado global. A suinocultura brasileira já mensura o resultado e é perceptível o aumento das nossas exportações para a China, comprovadas pelos dados levantados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) – e a tendência é que a exportação continue em ritmo crescente, à medida que novas plantas sejam habilitadas para exportação para o país.

O prejuízo chinês rendeu a melhora dos preços internos no mercado brasileiro, porém precisamos fazer a nossa parte, continuar produzindo com qualidade e evitar que doenças com este poder de destruição atinjam nossos plantéis.

Atualização do efeito PSA na China

De acordo com analistas de mercado, está em curso um aumento de oferta de suínos no mercado interno da China com a redução do peso de abate, visando conter a doença e reduzir as perdas. Este excesso de oferta poderá estender até o terceiro trimestre deste ano. A expectativa é que a China deverá ter escassez de suínos para abate a partir do quarto trimestre, fato que colabora com o aumento do volume das exportações e dos preços desta proteína a nível global.

Fernando Araújo Presidente da Assuvap

Fonte: Assuvap

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