Biotecnologia

Plantas biotecnológicas detectam e respondem a explosivos

“As plantas não podem fugir de predadores ou buscar refúgio em condições climáticas adversas"


Publicado em: 02/07/2019 às 15:20hs

Plantas biotecnológicas detectam e respondem a explosivos

Estudos realizado pela Cornell Alliance for Science, da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, afirmaram que existem algumas plantas biotecnológicas que conseguem detectar e responder a explosivos, patógenos e metais pesados. De acordo com os pesquisadores, isso acontece porque as plantas necessitam de uma adaptação para sobreviver.

“As plantas não podem fugir de predadores ou buscar refúgio em condições climáticas adversas. Em vez disso, eles precisam ser realmente bons em detectar e responder a mudanças sutis em seu ambiente. Isso os torna ótimos candidatos a sensores. Existe todo um campo de pesquisa que aproveita a sensibilidade das plantas ao meio ambiente e pode causar ondas em tudo, desde a medicina até a agricultura e a segurança nacional”, afirma Cornell.

Nesse cenário, a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA) das Forças Armadas dos Estados Unidos, investiu em um desses projetos, visando identificar explosivos que podem estar esquecidos em lugares habitados. “Elas evoluíram para responder a coisas como insetos, luz solar e umidade, não bombas ou antraz. Mas às vezes, uma molécula que gostaríamos que as plantas respondessem poderia ser semelhante a uma que já reconhecem. Por exemplo, existem vários genes na planta de laboratório da Arabidopsis que são ativados pela presença de TNT”, informa a universidade.

“Desenvolvemos imunidade contra vírus produzindo anticorpos, que são proteínas que se ligam muito especificamente a um patógeno específico. Poderíamos projetar plantas para produzir o anticorpo para a varíola, por exemplo, e depois produzir um sinal quando o vírus estiver presente. Cientistas da Universidade do Tennessee já fizeram um trabalho preliminar mostrando que é possível projetar plantas para detectar patógenos e responder com um sinal”, conclui.

Fonte: Agrolink

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