Milho e Sorgo

Milho abre a sexta-feira subindo em Chicago e na B3

Mercado espera trégua nas tensões do mercado de energia


Publicado em: 03/04/2020 às 10:50hs

Milho abre a sexta-feira subindo em Chicago e na B3

A sexta-feira (03) começa com os preços internacionais do milho futuro mantendo o caminho no campo positivo da tabela na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam elevações entre 3,50 e 4,50 por volta das 09h04 (horário de Brasília).

O vencimento maio/20 era cotado à US$ 3,37 com valorização de 4,25 pontos, o julho/20 valia US$ 3,43 com alta de 4,50 pontos, o setembro/20 era negociado por US$ 3,46 com ganho de 4,25 pontos e o dezembro/20 tinha valor de US$ 3,53 com elevação de 3,50 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho seguiram os futuros de energia mais altos novamente nesta manhã, com otimismo em relação a possíveis cortes na produção global e na esperança de uma trégua entre a Rússia e a Arábia Saudita.

A demanda internacional por milho dos Estados Unuidos 2019/20 diminuiu em relação à semana anterior, de acordo com o relatório semanal de vendas de exportação do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgado na quinta-feira.

Uma redução semanal de 27,0 milhões de bushels deixou as vendas de exportação de safras antigas para milho em 45,8 milhões de bushels na semana que terminou em 26 de março. As vendas de exportação de safras 2020/21 também caíram 2,8 milhões de bushels para 3,6 milhões de bushels.

“No entanto, não foram todas as más notícias, pois os embarques de exportação aumentaram 16,2 milhões de bushels para 49,5 milhões de bushels na semana”, aponta a analista Jacqueline Holland.

B3

A bolsa brasileira também operava com ganhos para os preços futuros do milho com as principais cotações subindo entre 1,01% e 3,08% por conta das 09h23 (horário de Brasília).

O vencimento maio/20 era cotado à R$ 48,89 com alta de 1,01%, o julho/20 valia R$ 45,50 com valorização de 2,34%, o setembro/20 era negociado por R$ 43,70 com estabilidade e o novembro/20 tinha valor de R$ 45,61 com elevação de 3,08%.

Relembre como fechou o mercado na última quinta-feira:

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A quinta-feira (02) chegou ao final com os preços do milho no mercado interno brasileiro registrando poucas variações. Em levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas, não foram registradas valorizações em nenhuma praça. Já as desvalorizações apareceram apenas em Londrina/PR (1,16% e preço de R$ 42,50), Ubiratã/PR (1,16% e preço de R$ 42,50) e Brasília/DF (4,08% e preço de R$ 47,00).

Os preços do milho no mercado interno brasileiro vêm se mantendo sustentados apoiados na forte demanda interna, principalmente para os setores de ração e etanol, e no número recorde de exportações atingido no ano passado. O indicador ESALQ/BM&FBovespa, por exemplo, acumulou altas de 11,74% na parcial de março fechando a última sexta-feira com valor de R$ 59,50/sc de 60 kg, configurando portanto, o maior patamar nominal da série histórica do Cepea

Segundo a analista de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi, 2020 começou com menos disponibilidade do cereal, o que mantem os preços em alta mesmo com a chegada de algum volume colhido na safra de verão em regiões pontuais do país.

Na visão da analista, é a safrinha deste ano quem pode modificar este cenário, já que a consultoria espera uma produção recorde de 73,9 milhões de toneladas. Porém, Lodi destaca que o clima de abril vai ser fundamental para a manutenção destas perspectivas e que o mercado segue acompanhando de perto o desenvolvimento das lavouras.

Lodi ainda acredita que as exportações devam retomar a tendência de alta no segundo semestre e fechar o ano em 35 milhões de toneladas, só não repetindo os números do ano anterior devido, justamente a menor disponibilidade de estoques. O dólar valorizado é quem vai estimular esse movimento, já que o cereal brasileiro se torna mais competitivo no mercado exterior.

Mercado Externo

Após operar por grande parte do dia no campo positivo das cotações, os preços internacionais do milho futuro encerraram a quinta-feira (02) no campo misto na Bolsa de Chicago (CBOT). Os principais vencimentos registraram movimentações entre 1,25 pontos negativos e 2,50 pontos positivo ao final do dia.

O contrato maio/20 foi cotado à US$ 3,33 com desvalorização de 1,25 pontos, o julho/20 teve valor de US$ 3,38 com queda de 0,25 pontos, o setembro/20 foi negociado por US$ 4,42 com alta de 1,25 pontos e o dezembro/20 valeu US$ 3,49 com valorização de 2,50 pontos.

Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última quarta-feira, de 0,30% para o maio/20, estabilidade para o julho/20, e ganhos de 0,59% para o setembro/20 e de 0,58% para o dezembro/20.

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho firmaram-se pela primeira vez em cinco sessões, com os preços do petróleo bruscamente mais altos, levando alguns investidores a cobrir posições curtas.

“A maioria dos contratos de milho registrou mínimos novos no início da sessão ou correspondeu aos mínimos anteriores. Os dados de vendas de exportação de milho e soja sólidos do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) mantiveram um piso no mercado. As vendas de exportação de milho na semana passada chegaram perto do final de uma série de previsões comerciais”, aponta o analista Karl Plume.

O departamento informou que as vendas semanais norte-americanas de milho foram de 1.075,4 milhão de toneladas, contras as projeções de 700 mil a 1,3 milhão de toneladas. O volume apresenta um recuo de 41% em relação à semana anterior e de 13% frente à média das últimas quatro semanas.